“A pandemia trouxe à superfície e agudizou desigualdades sociais”. É com esta certeza que o coletivo das associações portuguesas feministas está a promover um conjunto de conversas e debates denominado “Caminho para o 8 de Março” sobre a luta feminista. O objetivo é mobilizar mais pessoas e preparar a Greve Feminista Internacional, marcada para 8 de março, um evento que é organizado em Portugal desde 2019.
No dia 20 de fevereiro, o objetivo é refletir sobre “de onde vimos” e “para onde vamos”, pode ler-se no comunicado enviado esta quinta-feira às redações.
Dia 24 de fevereiro, será discutida a “Crise dos cuidados” e debatida a dualidade entre quem cuida e quem é cuidado que, segundo o comunicado “assume especial pertinência em tempos de pandemia”.
Dia 27, a discriminação com base no género, orientação sexual, cor da pele, pertença étnica, deficiência e nível socioeconómico estará em cima da mesa.
Já no dia 3 de março, vai ser discutido o papel da mulher no mercado de trabalho.
Dia 6 de março, último dia de debates, a conversa gira em torno da relação entre as alterações climáticas e as mulheres.
As conversas vão decorrer online na página de Facebook d’A Coletiva.
Tendo em conta o atual contexto pandémico, o coletivo não tem ainda fechado o modelo de realização da Greve, mas Carla Branco, da organização, garante ao JPN que estão a ser pensadas várias soluções. Caso não seja possível sair à rua, a greve será feita de “forma simbólica”. Integram o coletivo feminista a Associação ILGA Portugal, a APDMGP – Associação Portuguesa pelos Direitos da Mulher na Gravidez e Parto, a Brigada Estudantil, o CVI – Centro de Vida Independente, o Clube Safo, o FEM – Feministas em Movimento, o Feministas.pt – a Plataforma de Comunicação Feminista, a Marcha do Orgulho de Santarém, o MTS – Movimento dxs Trabalhadorxs do Sexo, Panteras Rosa, Por Todas Nós, SOS Racismo, TransMissão – Associação Trans e Não-Binária, UMAR – União de Mulheres ALternativa e Resposta e o GPV – Grupo Partilha d’a Vida.
Artigo editado por Filipa Silva
