Fantasporto adiado e fora do Rivoli

As atuais medidas de confinamento tomadas pelo governo continuam em vigor e sem um fim à vista, o que obrigou a um adiamento da 41ª edição do Fantasporto. As datas iniciais avançadas há um mês, de 23 de fevereiro a 7 de março, foram adiadas mas ainda sem local e datas definidos.

Mário Dorminsky, fundador do Fantasporto, confirmou ao JPN que já existem datas pensadas para a realização do festival “em função de um possível desconfinameno e reabertura dos cinemas pelo governo“.  Inicio de maio é a data mais provável, mas também já estão salas pré-reservadas para início de abril, “considerando o fim do lockdown após a Páscoa“.

Esta edição do certame não será realizada como habitualmente no Rivoli, devido à inexistência de datas livres. A organização já tem pré-reversas nalgumas salas de cinema da cidade do Porto.

Com a situação atual em que o país se encontra, a maioria dos eventos optam pelo virtual. Para o Fantasporto, sessões online não serão uma opção, porque para manter a dignidade do cinema tem  de “ser visto na sala escura e em grande ecrã, não para ser visto em computadores, tablets ou televisões”,  afirma Dorminsky.

Programação sem alterações

O alinhamento mantém-se o mesmo, mas o fundador conta que “poderá ser condensada só numa sala mantendo as regras de higiene da Direção-Geral da Saúde, não existindo repetições“. A abertura desta 41ª edição será feita com um clássico de Luchino Visconti, “Morte em Veneza“, celebrando os 50 anos da sua produção.

Na secção Oficial de Cinema Fantástico estão onze filmes em competição, entre eles “O Cemitério das Almas Perdidas“, de Rodrigo Aragão (Brasil), “The Trouble with Being Born” de Sandra Wollner (Alemanha) e “Tin Can” de Seth A. Smith (Canadá).

As secções Orient Express e Semana dos Realizadores já são uma habitué na corrida aos prémios, esta última inclui “Cadáver Exquisito“, da argentina Lúcia Vassallo, e  “Awauta“, da japonesa Mile Nagaoka.

O realizador espanhol Grojo (“Co”nversaciones con un Monoe) e a francesa Mónica de Almeida (“Regarde Ce Que Tu As Fait!”),  apresentam as suas curtas metragens, entre os catorze escolhidos para Curtas Metragens Fantásticas.

Quatro portugueses concorrem ao prémio para melhor longa-metragem: “Toponímia- As Memórias do Porto“, de António Pinto, “Um Quadro do Pollock com Sangue“, de Rui António, “A Mulher Sem Corpo“, de António Borges Correia e “40 Anos de Fantasporto“, de Isabel Pina.

No Fantas Classics, vão ser exibidos grandes clássicos do Cinema como, por exemplo, “Fight Club” de David Fincher (1999), baseado no romance com o mesmo nome de Chuck Palahniuk.

Um “cheirinho” do Fantasporto na televisão portuguesa

Como se pode ler na rede social do Fantasporto, “haverá um cheirinho a Fantas” no canal TVCine, onde vão passar 3 filmes que estão no line up do evento. O produtor Mário Dorminsky adiantou ao JPN quais serão:

Ten Minutes to Midnight

 In the Quarry

Exquisite Corpse

O organizador português considera que todos os filmes que serão exibidos na sala de cinema estão “ao mesmo nível” e “as sessões mais atrativas para o público serão as do fim da tarde e noite“. Existe apenas a dúvida quanto a dois filmes de distribuidora um de competição , “O Derradeiro Julgamento“, e  o de encerramento, “Terra de Ninguém“, uma vez que estão “dependentes das suas novas datas de estreia“, rematou ainda.

Podes consultar toda a programação na página oficial de Facebook do Fantasporto.