Alfredo Quintana morreu esta sexta-feira após quatro dias em coma induzido. Através de um comunicado no próprio site, o FC Porto anunciou o falecimento do atleta luso-cubano, depois de terem sido informados sobre o óbito do jogador pelo Hospital de São João, às 12h00 de hoje.

Segundo o que jornal “O Jogo” apurou, a equipa de andebol do FC Porto aproveitou um intervalo de meia hora no Dragão Arena, antes do treino de hóquei em patins, para se divertir com um jogo de futebol. Quando a bola voou para a bancada e enquanto conversava com preparador físico Tiago Cadete, o jogador luso-cubano caiu inanimado. Foram 45 minutos em paragem cardiorrespiratória e só depois de ser transportado para o Hospital de S.João é que conseguiu ser reanimado.

Alfredo Eduardo Quintana Bravo nasceu em Havana, Cuba, a 20 de março de 1988. Durante a infância, o basquetebol e o basebol eram os seus desportos de eleição, muito fruto da sua elevada estatura (2,03m). Com o passar dos anos, o gosto pelo andebol foi-se desenvolvendo e a sua cidade natal, Havana, foi o palco do crescimento como “pessoa e como jogador“.

Chegou a Portugal em 2010, aos 22 anos de idade, para representar o Futebol Clube do Porto, numa aposta única no mercado cubano por parte do ex-treinador e diretor desportivo do FC Porto José Magalhães. Desta forma, Quintana tornou-se no primeiro jogador cubano a atuar no campeonato português.

Aos 32 anos, não resistiu a uma paragem cardiorrespiratória que sofreu na segunda-feira. Em comunicado, o clube portista destaca “as qualidades humanas” de Quintana, como a sua alegria “que contagiava todos os que acompanhavam o seu percurso“.

Ao longo destes dias, a frase dita por Alfredo Quintana em 2020 foi o mote da solidariedade um pouco por todo o mundo: “Tenho lutado desde que era criança. Não sou um sobrevivente. Sou um guerreiro extraordinário“.

O mundo do desporto português está em luto com a perda inesperada de um atleta que marcou uma geração de andebol e foi o pioneiro dos andebolistas cubanos em Portugal.