A rede social Instagram anunciou, esta segunda-feira, a sua mais recente funcionalidade: duplicar o número de participantes nos live rooms. Se até agora só podiam participar, nos diretos, duas pessoas, a nova atualização permite que se juntem até quatro nas sessões de conversa online.
No anúncio, o Instagram afirma que esta nova função permitirá abrir novas oportunidades criativas, começar talk shows e sessões de perguntas e respostas. A nova ferramenta da rede social “dá, aos criadores, mais formas de criar negócios e gerar mais receitas” como se pode ler no comunicado da marca.
Entretanto, a app norte-americana Twitter já anunciou estar em fases de testes para criação das live rooms, a Twitter Space.
Esta opção está apenas disponível em contas que sejam públicas e que não tenham os seus tweets protegidos. Tal como na aplicação Clubhouse, só o moderador das conversas é que pode “dar a palavra” aos intervenientes. As salas também são públicas e permitem a utilização de emojis .
Esta versão do Twitter Space ainda só está disponível para iOS (iPhone), no entanto já começaram a ser realizados testes para versões Android.
Estes novos updates do Instagram e do Twitter vêm fazer face à mais recente rede social Clubhouse que está a revolucionar o mundo das conversas online.
Clubhouse: um boost para uma nova tendência
Clubhouse, a nova rede social, desenvolvida pela Alpha Exploration Co., abriu caminho para debates sem restrição de temas. A aplicação que está a conquistar o mundo da internet desde abril de 2020, angaria novos participantes todos os dias. Em Portugal, esta network começou a ganhar destaque no início de 2021.
A app, que surgiu durante a pandemia, veio também ajudar a combater o isolamento social, uma das medidas tomadas contra a Covid-19.
Tem como objeto principal a voz, sem câmaras e sem contacto visual, a única fotografia é a do perfil. Fácil de usar, a aplicação apresenta diversas salas e explora os mais variados temas de conversa, criando debates entre os usuários e discussões livres.
Todos os membros entram nas salas como audiência e para se fazerem ouvir, têm de levantar a mão para que o moderador permita a pessoa intervir. A cada utilizador pode entrar em salas abertas, mas também é possível selecionar um grupo de pessoas e criar uma sala privada.
Disponível apenas para iOS, o co-fundador Paul Davidson, confirmou em entrevista ao New York Times, que uma das prioridades é o lançamento para a plataforma Android. Apesar da aplicação ser totalmente gratuita e aberta a todas as pessoas, para iniciar o processo de registo, é preciso receber um convite de um usuário já existente.
Depois do registo, cada utilizador tem atribuídos dois convites para oferecer a dois amigos. Sempre que este é aceite, o usuário recebe mais convites.
Mundo do entretenimento rendido à aplicação
Muitas são as celebridades que já se renderam a esta nova forma de se discutir ideias. A presença da apresentadora Oprah Winfrey, o músico Drake ou o comediante Kevin Hart também vieram contribuir para o sucesso da app. Blaya, Nilton e Vera Kolodzig, são alguns dos exemplos nacionais que marcam presença no Clubhouse.
Sejam, por exemplo, salas de desporto, cultura, política, saúde mental ou simplesmente um “Morning Coffee”, as rooms ganham cada vez mais audiência, permitindo também uma fácil interação entre conhecidos e desconhecidos.
Não há “bela sem senão”
Um estudo, publicado pelo Observatório de Internet de Stanford, aponta que a rede social Clubhouse apresenta algumas falhas de segurança, nomeadamente a privacidade de dados, expondo informações dos usuários ao governo chinês. Apesar da aplicação estar bloqueada na China, isto não significa que não hajam utilizadores chineses para recolha de informação.
A empresa, juntamente com a ajuda dos pesquisadores do Observatório de Internet de Sanford, identificaram “algumas áreas em que podem melhorar a proteção de dados“, como confirmou em comunicado. Um das medidas passa por bloquear totalmente a conexão a servidores chineses.
Artigo editado por João Malheiro