Já esteve previsto para o início deste ano, depois foi anunciado para fevereiro, mas será em março que se abrirá o concurso público internacional para a conceção da nova ponte sobre o rio Douro, que vai ajudar a ligar o Campo Alegre, no Porto, a Santo Ovídio, em Vila Nova de Gaia, via Devesas. A garantia foi deixada esta quinta-feira pelo ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, numa conferência online transmitida na página de Facebook do PS/Porto sobre o futuro dos transportes e da mobilidade no Porto.
Este concurso internacional tem como objetivo atrair “os melhores engenheiros de pontes do mundo”, vincou João Pedro Matos Fernandes. Segundo o ministro, apesar de o concurso” já estar pronto para ser lançado há uns dias”, o Governo optou por não fazer o anúncio antes de ser conhecido o visto do Tribunal de Contas que chegou esta semana e deu “luz verde” às obras da linha Rosa e de extensão da linha Amarela.
A nova ponte vai ser usada, exclusivamente, pela nova linha de Metro entre a Casa da Música e Santo Ovídio e vai ficar localizada a montante da Ponte da Arrábida.
1,3 mil milhões nas sete novas linhas
No mesmo debate, o ministro referiu, além da nova linha de metro, na cidade do Porto vai ser criada uma linha de BRT (Bus Rapid Transit) – com veículos elétricos semelhantes a um metro, mas a rodarem sobre pneus e sem uso de catenária – que vai ligar a Boavista à Praça do Império. Esta linha de BRT tem, segundo Matos Fernandes, “menos exigência de manutenção do que o metro”.
O ministro afirma que estes projetos “estão longe de esgotar a ambição da Área Metropolitana do Porto” em matéria de mobilidade e transportes e avança que a AMP apresentou “um conjunto de projetos de metro e BRT de cerca de 1,3 mil milhões de euros”. O Plano de Resolução e Resiliência cobre 380 mil euros e o Plano Nacional de Investimentos deverá assegurar 860 milhões, o restante deverá ser conseguido através do próximo quadro comunitário de apoio.
A rede do Metro do Porto vai integrar, nos próximos dez anos, sete novas linhas, mais 38 quilómetros e 36 novas estações. Neste conjunto incluem-se, além da nova ligação entre o Porto e Vila Nova de Gaia, a linha entre Porto-Campanhã e Gondomar, a linha entre São Mamede (Matosinhos) e o Porto-Hospital de São João, a linha BRT da Boavista, a linha BRT entre o ISMAI (Maia) e a Trofa, uma nova ligação na Maia e o prolongamento da “linha circular” do Porto entre a Casa da Música e a zona das Antas.
Relativamente aos 18 novos veículos anunciados na quarta-feira pela Metro do Porto, Matos Fernandes refere que existe já um “concurso em fabricação” para que os veículos estejam prontos para ser utilizados no fim das obras.
O ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, ressalvou ainda a necessidade de “mudança de comportamentos”, do uso de transportes “suaves” e de uso de mais transportes coletivos para atingir a neutralidade carbónica até 2050.
Na conferência organizada pelo PS/Porto participou o também socialista Eduardo Vítor Rodrigues, presidente do Conselho Metropolitano do Porto e da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, que destacou a importância da “mudança da Área dos transportes para o Ministério do Ambiente”.
Artigo editado por Filipa Silva