Com o Dia Internacional da Mulher a chegar, a organização Greve Feminista Internacional prepara um protesto para a próxima segunda-feira, dia 8 de março. O movimento feminista anunciou, esta quinta-feira, duas manifestações presenciais: uma no Porto, na Praça do Marquês, e outra em Lisboa, na Praça Luís de Camões, ambas pelas 16h30, com emissão em direto no canal de Youtube da Greve.

A organização aposta, também, numa manifestação online nas redes sociais e site da plataforma, onde será divulgado, às 23h59 de dia 7 de março, um “Kit Manifestação”,  para que todas as pessoas possam participar ativamente no protesto do dia 8 através da “partilha das fotos e vídeos nas redes sociais”, como refere o comunicado de imprensa.

Esta manifestação junta-se a outra, já anunciada pela Rede 8 de março, que terá lugar no mesmo dia, mas na Avenida dos Aliados, a partir das 19h00.

Não esquecendo a pandemia que assola o mundo, a plataforma Greve Feminista Internacional esclarece as questões de segurança pública a serem tomadas: “Nas praças, as indicações de saúde pública serão incentivadas através da equipa de cuidados – equipa que distribuirá álcool gel, máscaras e o distanciamento físico entre pessoas.”

A plataforma sublinha o impacto que a chegada da Covid-19 teve a nível social e económico na vida das mulheres. Em comunicado, o movimento feminista sublinha que “as diferentes jornadas de trabalho que a maioria das mulheres acumulam, passaram da acumulação à sobreposição, tendo o trabalho assalariado, o trabalho doméstico e dos cuidados acontecido, muitas vezes, ao mesmo tempo.” Neste sentido, a Greve Feminista Internacional pretende manifestar e reclamar o reconhecimento deste tipo de trabalho, que é “desvalorizado aos olhos da sociedade”, sendo “executado maioritariamente por mulheres (90%), mas imprescindível para a sobrevivência de todas e todos nós”, refere a organização no comunicado.

Para o movimento feminista, o principal objetivo é defender uma sociedade livre de opressões e a garantia de direitos, igualdade, equidade e justiça social para todas as mulheres. A organização destaca, no documento divulgado, a reivindicação da “plena aceitação da diversidade humana, a autodeterminação, o direito sobre os nossos corpos e direito ao prazer, o acesso à saúde sexual e reprodutiva”.

Artigo editado por Filipa Silva