O FC Porto venceu, na noite de domingo, o Paços de Ferreira, no Estádio do Dragão, por 2-0. Os golos dos azuis e brancos foram apontados pelos “heróis” de Turim: Pepe e Sérgio Oliveira.

Após a passagem épica do FC Porto por Turim, para a Liga dos Campeões, os homens da Invicta não vacilaram em casa, este domingo, perante um adversário de má memória na primeira volta, e venceram o Paços de Ferreira de Pepa por 2-0, com dois golos quase seguidos já na ponta final da partida.

Mas antes da história do encontro, vamos aos onzes dos dois timoneiros para este jogo que opunha o terceiro e o quinto classificados, à partida para a jornada número 23 da Liga.

Sérgio Conceição repetiu a fórmula Turim, ao não promover qualquer alteração ao onze portista, apostando, por isso, novamente no habitual 4-4-2, com Marega e Taremi na frente. Tal como o técnico dos dragões, Pepa manteve o onze da vitória caseira dos castores diante do Nacional, replicando o 4-3-3 sustentado no meio-campo revelação do campeonato, composto por Luiz Carlos, Eustáquio e Bruno Costa.

Primeira parte morna

Quando, à partida para este encontro, se perspetivava um jogo bem disputado, intenso e cheio de oportunidades, na verdade viu-se um futebol lento, pobre e insípido no primeiro tempo, por parte de ambas as equipas, principalmente o Paços, que não conseguiu criar dificuldades ao FC Porto, ao não arriscar e ao apostar na solidez defensiva em detrimento do bom futebol a que tem habituado os adeptos esta temporada.

Desde cedo, ficou bem claro que os dragões queriam resolver rapidamente um jogo que se podia tornar difícil, tal foi o domínio territorial azul e branco face a um pálido Paços. Porém, os visitados foram sempre demasiado previsíveis, embora intensos.

Em ocasiões de golo, destaca-se um cabeceamento perigoso de Taremi, um lance perigoso de Pepe às malhas laterais e nada mais. Jogo muito tático, na primeira metade.

Em dois minutos, apareceram as estrelas

Ao intervalo, as palestras dos treinadores não terão sido meigas com os jogadores, face à fraca qualidade geral da partida até então.

A terem acontecido, esses raspanetes tiveram efeito, já que as equipas entraram com mais vontade no segundo tempo, arriscando mais e atrevendo-se em lances individuais. No FC Porto, estiveram em evidência os velozes laterais Zaidu e Manafá e a pressão intensa dos avançados, ainda que sem criarem grande perigo ou jogadas de grande envolvência.

Com o passar do tempo e necessidade cada vez mais urgente de chegar ao golo, Conceição chamou a jogo dois agitadores com capacidade de desequilíbrio: Luis Díaz e Francisco Conceição, ambos aos 71 minutos.

Seis minutos depois, aparecia finalmente o tento caseiro. Canto à esquerda, bola levantada rapidamente por Sérgio Oliveira e Pepe, esteio da defesa portista, ganhou a Douglas Tanque no duelo e bateu Jordi. O 1-0 foifabricado pelos dois jogadores mais elogiados na noite de Turim.

E, na verdade, apenas foi preciso esperar um minuto para ver a bola novamente no fundo da baliza pacense. Sérgio Oliveira disparou violentamente do meio da rua e bateu Jordi, que não ficou bem na fotografia, ao não agarrar a bola.

Até ao apito final, o FC Porto geriu de forma tranquila o resultado e não permitiu resposta dos castores, equipa sensação da liga esta época, que esta noite apresentou solidez defensiva, mas pecou nas transições ofensivas.

Contas finais: os três pontos ficaram no Dragão e permitem ao FC Porto subir, ainda que de forma provisória, ao segundo lugar da tabela, com 51 pontos, mantendo a desvantagem de dez pontos face ao líder Sporting e tendo mais três do que o Benfica. O Paços continua no quinto posto, com 41 pontos.

“Fomos justíssimos vencedores”

Na sala de imprensa, Sérgio Conceição destacou o caráter da sua equipa, após a partida europeia: “A equipa demonstrou um caráter fantástico. Depois de um grandíssimo jogo europeu, com viagem, prolongamento e essa fadiga também mental e emocional, os jogadores estão de parabéns”.

O técnico portista salientou também a falta de ocasiões do Paços: “Ganhámos 2-0, o Paços criou muito menos [oportunidades] do que é habitual e fomos justíssimos vencedores”, enfatizou. Quanto às contas do título, esclareceu: “Faltam 33 pontos. Estamos a representar um clube grandioso. Enquanto matematicamente for possível, lutaremos jogo a jogo, final a final e depois, no final do campeonato, far-se-ão as contas.”

Por outro lado, Pepa admitiu o nervosismo dos castores após os golos sofridos: “Depois do 1-0 notei a equipa muito ansiosa e nervosa. Aí sim. Depois do 2-0 ainda tentámos o 2-1, mas fomos já sem critério e mais com o coração.” No entanto, o jovem treinador mostrou-se satisfeito pelas expectativas elevadas depositadas na equipa do Paços, tendo em conta a excelente campanha no campeonato: “Estamos a habituar bem as pessoas e isso é bom sinal. Não estamos atrás de recordes, não temos tempo para isso”, rematou.

Terminado o jogo, as equipas preparam a próxima jornada (24), na qual os campeões nacionais defrontam o Portimonense, fora de casa, no sábado, dia 15, às 18h00, enquanto que o Paços de Ferreira mede forças frente ao Moreirense, no mesmo dia, às 15h30.

Artigo editado por Filipa Silva