A Associação de Bares da Zona Histórica do Porto (ABZHP) apresentou, na sexta-feira, à Direção-Geral da Saúde (DGS) um documento com propostas tendo em vista o desconfinamento do setor, uma vez que o plano de desconfinamento apresentado pelo Governo na semana passada não prevê uma data para a reativação das atividades de bares nem de discotecas. Só as esplanadas vão poder abrir no dia 5 de abril, com um limite máximo de quatro pessoas por mesa.

Esta tentativa de reabertura dos bares passaria por medidas como o teste rápido à entrada para o estabelecimento ou a criação de umaguest list dos consumidores para a noite em questão, de forma a controlar o aglomerado de pessoas. O teste rápido teria sempre um “valor simbólico, mas o cliente seria reembolsado com uma bebida grátis”, exemplifica António Fonseca, presidente da ABZHP, ao JPN.

O responsável sublinha a urgência da reabertura dos espaços noturnos, já que a contínua “suspensão dos apoios poderá ser o caminho para a falência total de muitos estabelecimentos que ainda têm que pagar moratórias e rendas”, adverte.  O descuido destas medidas propostas seria avaliado como “uma contraordenação, atribuindo, desta forma, uma possibilidade de inspeção à DGS aos espaços em questão”, completa o também presidente da União de Freguesias do Centro Histórico do Porto.

Fez na quarta-feira passada um ano que a vida noturna foi extinta e, como tal, os negócios suspensos. Nestas condições, o intuito, através deste documento apresentado à DGS, passa por “criar um projeto-piloto para encontrar alternativas à suspensão que até agora pareceu inevitável”, declarou ainda o presidente da ABZHP.

Num setor desesperado, com empresários a precisar de abrir portas para evitar o pior, António Fonseca considera que só não recebe bem estas medidas quem “não quiser saber nem da economia, nem da saúde pública”.

Artigo editado por Filipa Silva