Depois de ter sido cancelado em 2020 devido à pandemia de Covid-19, o Estoril Open regressa no final de abril para a sua sexta edição a ser realizada no Clube de Ténis do Estoril, em Cascais. Sem público nas bancadas e com cinco tenistas do Top 20 do ranking mundial – um número recorde para a competição – o único torneio de categoria ATP em solo nacional promete um dos melhores elencos da sua história e uma aposta mais forte no meio digital.

Diego Schwartzman, número nove do mundo, é o jogador mais cotado entre os inscritos, a que se seguem o francês Gael Monfils (14.º do ranking ATP), o espanhol Pablo Carreno Busta (15.º), vencedor do torneio, em 2017, o italiano Fabio Fognini (17.º) e o chileno Christian Garin (20.º), um especialista de terra batida.

A estes nomes juntam-se ainda os antigos campeões Richard Gasquet (50.º), em 2015, e João Sousa (103.º), em 2018. O melhor tenista português da história, que tem escorregado na hierarquia mundial devido a lesões e que apenas na semana passada, em Miami, conseguiu somar a sua primeira vitória de temporada, depois de uma série de derrotas consecutivas que se prolongava desde outubro de 2019, recebeu um dos convites (Wild Cards) à disposição da organização.

Numa lista de inscritos onde não figura o grego Stefanos Tsitsipas, o ainda campeão em título da prova e atual número cinco do mundo, destaque também para a presença de Benoit Paire (33.º), do veterano Fernando Verdasco (72.º), bem como de várias figuras da “Next Gen” do ténis mundial, entre os quais se incluem Ugo Humbert (30.º), Alexander Bublik (44.º) Alejandro Davidovich Fokina (55.º) e Frances Tiafoe (58.º), que já foi finalista da prova, em 2018.

O prazo para as inscrições só termina amanhã, pelo que este elenco pode vir a sofrer alterações nos próximos dias. Há ainda mais dois Wild Cards por atribuir, mas tal só deve acontecer mais perto do sorteio do quadro principal.

  • Diego Schwartzman – (9.º ATP)
  • Gael Monfils – (14.º ATP)
  • Pablo Carreno Busta – (15.º ATP)
  • Fabio Fognini – (17.º ATP)
  • Cristian Garin – (20.º ATP)
  • Ugo Humbert – (30.º ATP)
  • Benoit Paire – (33.º ATP)
  • Filip Krajinovic – (35.º ATP)
  • Alexander Bublik – (44.º ATP)
  • Albert Ramos Vinolas – (47.º ATP)
  • Jeremy Chardy – (49.º ATP)
  • Richard Gasquet – (50.º ATP)
  • Lloyd Harris – (52.º ATP)
  • Alejandro Davidovich Fokina – (55.º ATP)
  • Cameron Norrie – (56.º ATP)
  • Frances Tiafoe – (58.º ATP)
  • Jordan Thompson – (60.º ATP)
  • Pablo Andujar – (61.º ATP)
  • Fernando Verdasco – (72.º ATP)

A lista de alternates – os jogadores que, caso não se verifiquem desistências daqueles que já estão confirmados no quadro principal, vão ter de passar pela fase de qualificação – incluiu também nomes importantes como o finalista de 2019, Pablo Cuevas (73.º), os franceses Pierre-Hugues Herbert (74.º) e Lucas Pouille (81.º), bem como o sul-africano Kevin Anderson (91.º), tenista que já foi finalista de torneios de Grand Slam.

  • Pablo Cuevas – (73.º ATP)
  • Pierre-Hugues Herbert – (74.º ATP)
  • Corentin Moutet – (75.º ATP)
  • Soonwoo Kwon – (79.º ATP)
  • Federico Delbonis – (80.º ATP)
  • Lucas Pouille – (81.º ATP)
  • Federico Coria – (84.º ATP)
  • Salvatore Caruso – (85.º ATP)
  • Kevin Anderson – (91.º ATP)
  • Juan Ignacio Londero – (92.º ATP)
  • Pedro Martinez – (93.º ATP)
  • Roberto Carballes Baena – (96.º ATP)
  • Jaume Munar – (99.º ATP)

Durante a apresentação da competição, esta terça-feira, João Zilhão, diretor do torneio, destacou a capacidade de resiliência de todos os envolvidos na organização para que o evento se realizasse este ano. “O Estoril Open não pode dar-se ao luxo de não se jogar em dois anos consecutivos, sob pena de colocar em causa a sua futura permanência no calendário do ATP Tour”, referiu.

Apesar da ausência de público nas bancadas, a organização garante estar a “trabalhar para que os adeptos de ténis por esse mundo fora possam acompanhar todas as incidências da prova e o perfume do concelho de Cascais por via digital, disponibilizando para isso os melhores meios e os melhores conteúdos”.

Sobre as medidas de segurança confirmadas, sabe-se que os tenistas vão ser encaminhados para o hotel assim que aterrem em Lisboa, onde vão ter de efetuar teste à Covid-19. Apenas depois de testarem negativo é que os vão ter autorização para abandonar o hotel. Mesmo a partir desse momento, a circulação vai ser restrita, uma vez que vai ser estabelecida uma “bolha” no hotel e no Clube de Ténis do Estoril. Também devido à pandemia, o staff de apoio ao evento foi reduzido de 500 elementos para 150.

O Estoril Open decorre entre 24 de abril e 2 de maio, e conta com um prémio de 481 mil euros.

Artigo editado por João Malheiro