Na primeira mão dos quartos de final da Champions, o FC Porto foi derrotado esta quarta-feira pelo Chelsea por 2-0. Os blues foram letais e inteligentes na forma como conseguiram ferir o adversário. A segunda mão joga-se daqui a sete dias, em Sevilha.

Para a partida frente à equipa inglesa, Sérgio Conceição já sabia que tinha duas ausências de peso: Sérgio Oliveira e Mehdi Taremi, que são os dois melhores marcadores da equipa na presente época. O médio português soma 19 golos (cinco dos quais na Champions) e o avançado iraniano 15. A nível histórico, o FC Porto tinha vencido apenas um duelo nos últimos cinco embates frente aos blues.

Sérgio Conceição fez quatro mudanças em relação aos jogadores que atuaram frente ao Santa Clara. Saíram Sérgio Oliveira, Nanu, Taremi e Diogo Leite e entraram Zaidu, Mbemba, Grujic e Corona. Thomas Tuchel apostou em Mason Mount e deixou Ziyech de fora, aposta que acabou por se revelar acertada.

Com o Chelsea com mais bola na maior parte do tempo, os dragões dispuseram de várias oportunidades para fazer golo mas pecaram sempre na finalização. O início até foi positivo para os campeões portugueses, com boa circulação de bola e lances de perigo.

Ao minuto 12′, o conjunto orientado por Sérgio Conceição até podia ter chegado ao golo por Uribe. Domínio à entrada da área do colombiano e disparo de pronto com a bola a sair a centímetros da baliza. Ao minuto 24′, os portistas ensaiaram nova jogada de ataque e quase gritaram golo, com Mendy a evitar depois de um remate de Zaidu.

Dada a ineficácia portista, foi o Chelsea que aproveitou e num lance construído por Mason Mount chegou à vantagem. O dianteiro tirou Zaidu da frente e fez o primeiro golo dos blues. Mount estreou-se, assim, a marcar nesta edição da Liga dos Campeões. Com o Chelsea com o domínio territorial, foi, no entanto, o FC Porto a equipa que trabalhou de forma mais afincada para chegar ao golo. Corona primeiro e, de seguida, Otávio voltaram a assustar Mendy ainda antes do intervalo.

No segundo tempo, o Chelsea entrou a todo o gás e quase fez o segundo por Timo Werner, que nas alturas atirou ligeiramente por cima da baliza, depois de um cruzamento de Mount. O FC Porto somou várias oportunidades, mas acabou sempre por pecar no capítulo da finalização.

Ao minuto 51′, Marega com tudo para fazer, disparou para a defesa de Mendy. Aos 57′, foi Díaz a atirar em jeito, mas com a bola a sair ao lado. Com o FC Porto balanceado, a espaços o Chelsea ia tendo a oportunidade de se aproximar da baliza adversária. Ao minuto 60′, Havertz com a baliza deserta atirou ao lado, depois de uma defesa incompleta de Marchesín. Ao minuto 72′, momento polémico na área do Chelsea, com Marega a cair na área, mas com o árbitro nada a assinalar.

Nos minutos finais, os ingleses acabariam por fazer o 2-0. Aos 84’ameaçaram com uma bola atirada ao ferro por Pulisic. Um minuto volvido, foi Chilwell a fazer o 2-0 num roubo de bola a Corona. O jogador inglês passou por Marchesín e confirmou o golo.

“Resultado extremamente injusto”

No final do encontro, Sérgio Conceição falou aos jornalistas e queixou-se da falta de sorte, mas enalteceu o esforço dos seus jogadores: “O resultado é extremamente injusto mas o que conta são os golos que o Chelsea marcou e nós não marcámos. A equipa fez um jogo muito bom, sempre consistente em termos defensivos, a atacar sempre com perigo, a baixar quando tinha de baixar”, considerou treinador do FC Porto.

Thomas Tuchel, técnico do Chelsea, assumiu a felicidade dos dois golos e da vantagem que leva para a segunda mão da eliminatória. “Foi um jogo difícil contra uma forte equipa como é a do FC Porto. Em muitos momentos sofremos e tivemos de aceitar isso. As circunstâncias são um pouco diferentes nos quartos de final. O espírito foi bom e é um excelente resultado”, referiu.

O FC Porto parte para a segunda mão com uma desvantagem de dois golos. Na próxima terça feira, no mesmo Estádio Ramón Sánchez Pizjuán, blues e azuis e brancos decidem quem passa às meias finais da Liga dos Campeões.

Artigo editado por João Malheiro