Esta quarta-feira, as instituições da União Europeia, anunciaram uma nova plataforma que vai possibilitar a todos os cidadãos europeus participem na definição do futuro da União Europeia (UE). A plataforma digital multilingue vai ser lançada a 19 de abril.

Em comunicado, o Parlamento Europeu, a Comissão Europeia e o Conselho Europeu -presidido atualmente por António Costa– frisaram que, através deste espaço, os cidadãos da Europa vão poder dar a sua opinião sobre qualquer assunto que diga respeito ao futuro da União Europeia e “apresentar as suas ideias, comentar as ideias de outros, criar e participar em eventos”. O objetivo central  é que todos os cidadãos sejam livres de participar na reformulação das políticas e instituições da UE.

O serviço vai contar ainda com um sistema de “feedback que vai agregar e analisar os pontos-chave levantados para que possam ser tidos em conta” bem como com uma lista, um mapa dos eventos organizados a nível local, regional, nacional e europeu. A hashtag oficial será #TheFutureIsYours (o futuro é teu).

A plataforma será lançada antes da realização da Conferência Sobre o Futuro da Europa, prevista para o dia 9 de maio (Dia da Europa), em Estrasburgo. Inicialmente com data de arranque para maio de 2020, a reunião foi adiada devido à pandemia da Covid-19 e por dificuldades no modelo de governação do fórum. Agora, deverá prolongar-se até à primavera de 2022.

A sessão sobre o futuro da Europa é presidida pelo primeiro-ministro português, António Costa – que até 30 de junho, assume a liderança rotativa do Conselho da UE-, por David Sassoli, e pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

De acordo com um estudo do Eurobarómetro divulgado a 9 de março, a maioria dos portugueses (96%), defende que as decisões futuras da UE devem ter em conta a opinião dos cidadãos, mas cerca de 64% dessa maioria dizem dispensar participar na Conferência sobre o futuro da UE.

No inquérito, 51% dos cidadãos dos vários países europeus inquiridos disseram querer participar na Conferência, enquanto outros 48% rejeitaram e 1% disseram não saber.

Artigo editado por João Malheiro