O #MovRioDouro é um movimento cívico e informal recém-formado que se rege pela “defesa dos rios da bacia hidrográfica do Douro”. O grupo propõe-se integrar “vários atores” da bacia do Douro, desde a fronteira “até à zona do Porto, para conseguir ter uma visão integrada de toda a bacia e responder ou tentar responder a vários problemas que a envolvem”, explica Ricardo Caldas, membro do movimento, ao JPN.

O movimento pretende debruçar-se sobre a questão da “poluição e qualidade da água nos rios da bacia hidrográfica do Douro”, assim como, sobre “a renaturalização de rios e margens” e “a destruição das galerias ripícolas e o impacto negativo nas margens”, como se pode ler num comunicado partilhado nas redes sociais do movimento.

Ricardo Caldas afirma que um dos próximos passos que o movimento pretende dar para dar resposta a estes problemas é a “criação de grupos de trabalho”, para assim conseguir responder mais facilmente a cada questão em particular.

O projeto pretende ainda “exigir o cumprimento da lei”, assim como, “influenciar entidades políticas e outros stakeholders para a tomada de boas decisões no que respeita à bacia do Douro”, refere o ambientalista.

O #MovRioDouro resulta da junção de 11 associações e grupos: Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA), Associação Espaço VIPA 1051, Associação URTICA – Defesa do Ambiente e Ação Climática, Associação Ambiental em Zonas Uraníferas (AZU), Campo Aberto, Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA), Movimento em Defesa do Rio Tinto, Movimento Rio Sousa, Núcleo Associativo de Santo Tirso (NAST), OnGaia e Rede Inducar.

O grupo conta ainda com mais dez membros fundadores, a “título individual”, que através do seu “percurso académico, científico e/ou ativista” podem passar “o seu conhecimento através da experiência que têm a trabalhar com rios e com a naturalização das margens”, afirma Ricardo Caldas.

Além da “falta de um movimento que abordasse os assuntos relacionados com o Rio Doutro e os seus afluentes”, o #MovRioDouro aparece também, segundo Ricardo Caldas, pela “necessidade” de criar um grupo “que pusesse todas [as associações] a pensar da mesma forma” relativamente ao terceiro rio mais extenso da Península Ibérica.

O grupo tem marcado para o dia 19 de junho o seu “primeiro evento público”. Segundo explica Ricardo Caldas, o grupo vai fazer a sua apresentação pública no Parque Oriental do Porto, junto ao Rio Tinto. Haverá lugar a uma caminhada junto ao afluente que desagua no Rio Douro, junto ao Freixo.

Artigo editado por Filipa Silva