As eleições para o Sindicato dos Jornalistas (SJ) realizaram-se na quarta-feira, dia 19 de maio, e os resultados já são conhecidos. De acordo com os dados divulgados no site do organismo, a lista vencedora foi a B em todos os órgãos nacionais. Para a direção, a lista B venceu com um total de 427 votos a favor contra 247 da lista A. Luís Filipe Simões, jornalista do jornal “A Bola” e membro da direção em funções, é assim o novo presidente do SJ.

“Estou muito feliz, mais até em termos coletivos do que individuais, por uma razão: é um projeto que continua, é um projeto em que eu acredito há seis anos e é bom que tenha continuidade e, por isso, acredito que foi um momento importante para o sindicato. Obviamente, foi também para mim”, afirmou ao JPN Luís Filipe Simões.

O dirigente destaca ainda a importância da existência de duas listas que mostraram alguma vitalidade e possibilitaram discussões e “trocas de ideias”.

Nas votações para a Mesa da Assembleia Geral e para o Conselho Fiscal, a lista B também recolheu a maioria dos votos. Assim, o jornalista Cesário Borga é o futuro presidente da Assembleia Geral, enquanto que Ana Suspiro, do jornal Observador, ocupará o cargo de presidente do Conselho Fiscal.

Em relação ao Conselho Deontológico, a lista B reuniu 422 votos e a A 253. Neste caso, de acordo com a distribuição dos lugares para o órgão, estabelecida de acordo com o método de Hondt, a lista vencedora elegeu três membros, entre eles o presidente e a lista A dois. Sofia Branco, jornalista da Lusa e presidente do sindicato em funções, assumirá o cargo.

No Conselho Geral, a lista B obteve 419 votos e a A 253. O órgão, que passa a ser presidido pela jornalista do “Diário de Notícias” Paula Sofia Luz, vai integrar 13 membros da lista B e oito da lista A.

O presidente eleito destaca, uma vez mais, a questão da paridade de género e a presença de 52% de mulheres dirigentes sindicais na lista que saiu vencedora nas urnas, um exemplo que deve ser “valorizado e destacado”, frisou: “Creio que a frase que utilizei foi ‘a competência não tem género’. Não tem mesmo e eu fico muito satisfeito por ver que estamos até um bocadinho acima da paridade, porque em cinco [órgãos] temos três mulheres [na presidência]”, explica. “Não fiz um esforço para ter mais mulheres que homens. Escolhi pessoas muito boas e com uma grande competência que, por acaso, são mulheres”, concluiu.

De acordo com o SJ estavam inscritos no caderno eleitoral 1712 profissionais, pelo que a taxa de participação na eleição terá rondado os 40%.

Artigo editado por Filipa Silva