A final da Liga dos Campeões realiza-se no próximo sábado (29) no Estádio do Dragão e vários adeptos do Manchester City e do Chelsea já estão no Porto para assistir ao jogo. António Fonseca, presidente da União de Freguesias do Centro Histórico do Porto (Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória), revelou estar “preocupado” com os desacatos da noite de quinta-feira (27) que envolveram os adeptos ingleses.
“Os adeptos ingleses já são por si problemáticos, obviamente que isto vai trazer, com os excessos do álcool, alguns incidentes e isso não pode acontecer”, referiu o presidente da junta, em entrevista ao JPN.
Na noite de quinta-feira, a PSP foi obrigada a intervir em dois momentos de desacatos no centro histórico do Porto, a envolver adeptos ingleses. Segundo fonte do Comando Metropolitano do Porto da PSP, ouvida pela agência Lusa, houve “duas pequenas escaramuças”. O primeiro momento aconteceu num café perto da Estação de São Bento, pelas 22h00. O segundo momento teve lugar na zona da Ribeira pelas 22h30.
A fonte da PSP revelou que não foram feitas identificações ou detenções e apenas houve a registar um ferido ligeiro, que “foi agredido com uma cadeira”, tendo recebido assistência no local por parte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), sendo posteriormente levado para o Hospital de Santo António para ser suturado.
António Fonseca afirmou estar “preocupado” com o sucedido, mas espera que “o que aconteceu ontem [quinta-feira] sirva de alerta para as forças policiais não deixarem que isso se repita” e que “a partir de hoje e amanhã acautelem isso e vigiem bem esses grupos, que põem em causa não só a cidade, como a segurança de todos nós”.
O presidente da União de Freguesias do Centro Histórico do Porto referiu ainda, a propósito do horário de fecho dos estabelecimentos de restauração e bebidas – atualmente têm de fechar às 22h30 – que “é preferível abrir os estabelecimentos todos”. O autarca detalha qual seria, na sua opinião, a solução a adotar: “nas discotecas, só entraria quem fizesse o teste rápido à entrada e a partir daí as pessoas começavam a dispersar e seria mais fácil, a partir de uma determinada hora da noite, controlar os adeptos ingleses dentro dos estabelecimentos”.
António Fonseca defende que “era importante que os estabelecimentos estivessem abertos até mais tarde”, pois “alargando o horário vamos conseguir recolher as pessoas dentro dos estabelecimentos e com certeza que vão ser controlados, porque há regras a cumprir e a força policial apenas tem de estar nas zonas envolventes no sentido de estar preparada para qualquer situação”.
O também presidente da Associação de Bares da Zona Histórica do Porto questiona também o que se deve fazer no caso de haver lugar a um prolongamento no jogo de sábado. Estando a final agendada para as 20h00, caso o resultado obrigue à realização de tempo extra, o jogo deve prolongar-se para lá das 22h30, hora de fecho dos estabelecimentos.
Artigo editado por Filipa Silva