A Web Summit 2021 abandona a versão online que foi forçada a adotar no ano passado, devido à pandemia da COVID-19, e regressa hoje ao formato presencial. Durante quatro dias (até quinta-feira), o frenesim que caracteriza o evento está de volta ao Parque das Nações, em Lisboa, onde a ação se vai dividir entre a Altice Arena e os quatro pavilhões da Feira Internacional de Lisboa (FIL).

Paddy Cosgrave, cofundador e CEO da Web Summit, confessa que os mais de 40 mil participantes confirmados superaram as expectativas da organização. “Desafiámos todas as probabilidades. O regresso está a ser bem mais rápido do que esperávamos. Pensávamos que nem chegaríamos aos dez mil participantes”, afirma Cosgrave, citado num comunicado à imprensa.

O evento esgotou ontem (domingo) à tarde e vai contar com mais de mil oradores, 1.500 jornalistas, 700 investidores e 1.250 startups e parceiros. A Web Summit foca-se no futuro e a edição deste ano aborda temas como a emergência climática, a diversidade e a inclusão, num programa carregado de sessões com foco na tecnologia, no ambiente, nos media e na indústria da música e do entretenimento.

O Facebook é outro dos tópicos com mais destaque no cartaz deste ano. Logo na sessão de abertura, marcada para as 17h00 desta segunda-feira, vai marcar presença Frances Haugen, a ex-funcionária do Facebook que este outono acusou publicamente a empresa de práticas lesivas dos utilizadores. A denunciante divulgou documentos internos da empresa no “The Wall Street Journal”, foi entrevistada sobre o tema no programa 60 Minutos e chegou mesmo ao Congresso norte-americano, onde foi ouvida.

Ao lado de Haugen, estará ainda Ayọ Tometi, cofundadora do movimento “Black Lives Matter” num painel alargado que junta algumas das figuras que mais se evidenciaram no mundo tecnológico ao longo do ano. Em representação do país e da cidade que acolhem o evento desde 2016, vai estar Carlos Moedas, recém-eleito presidente da Câmara Municipal de Lisboa, e Pedro Siza Vieira, ministro da Economia.

Nos restantes dias, vão passar pelo Parque das Nações atrizes como Amy Poehler e Daniela Melchior, personalidades do futebol como Thierry Henry, Iker Casillas, Samuel Eto’o e Eric Dier, representantes da Amazon, da Apple, da Microsoft, do TripAdvisor e de outras grandes empresas, entre muitos outros.   

Para entrar no recinto, é necessário apresentar o certificado de vacinação ou um teste PCR ou antigénio negativo, válido por 72 e 48 horas, respetivamente. Todos os participantes têm de usar máscara quando dentro do perímetro do evento.

A circulação automóvel vai estar interdita em toda a Alameda dos Oceanos e a polícia terá montado um forte dispositivo na área adjacente ao evento que, como nota a organização da Web Summit, será o maior evento tecnológico presencial desde que a pandemia rebentou.

A PSP informa, em comunicado, que “serão implementadas medidas de segurança adicionais, com a delimitação de perímetros e no controlo de visitantes nas entradas por forma a garantir a segurança de todos os participantes”. As “medidas de reforço incluem a utilização de detetores de metais e aparelhos de Raio-X”.

Artigo editado por Filipa Silva