O governo decidiu diminuir o esforço da participação nacional nas obras do Metro do Porto, assegurada pelo Fundo Ambiental. Vai, em vez disso, aumentar em 10 milhões de euros a componente da comparticipação europeia, através do cofinanciamento comunitário do Programa Operacional Sustentabilidade e Uso Eficiente de Recursos (POSEUR). No entanto, o montante alocado para as obras de expansão do metro vai manter-se nos 407,7 milhões inicialmente previstos.

A participação nacional passa, então, de 270 para 260 milhões, enquanto a europeia passa de 137 para 147 milhões de euros. As duas empreitadas – expansão da linha amarela até Vila d’Este e a construção da linha rosa – ainda podem vir a ser reforçadas com mais fundos do POSEUR, de forma a contribuir para a redução do “esforço da correspondente contrapartida nacional, assim contribuindo para a absorção integral de fundos”, referiu a Câmara Municipal do Porto, citada pelo jornal “Público”.

As obras de expansão da linha do Metro do Porto iniciaram em março de 2021 e têm fim previsto para 2023. Está a ser criada uma nova linha rosa, que ligará S. Bento à Casa da Música, passando pelo Hospital de Santo António e pela Praça da Galiza.

Obras da expansão do metro na Casa da Música. Foto: Catarina Meireles/JPN

A linha amarela, que atualmente liga o Hospital de São João a Santo Ovídeo (Vila Nova de Gaia), vai ser estendida em três quilómetros e terminará junto à urbanização de Vila d’Este. Está também prevista a construção de uma ponte (com início em 2023) que irá acolher uma outra linha de metro entre a Casa da Música e Santo Ovídeo (via Devesas). Algumas das exigências para a nova ponte são a inexistência de pilares e a cota ter de ser superior à da ponte da Arrábida.

A aposta nos transportes públicos do Porto têm sido pontos importantes na diminuição das emissões de carbono da cidade, refere a Câmara, e mesmo do país, já que Portugal se comprometeu a cumprir a atingir a neutralidade carbónica até 2050. No caso do Porto, o novo Pacto do Porto para o Clima, apresentado no final de janeiro pelo executivo, quer reduzir, até 2030, as emissões de gases com efeito de estufa em 60%.

Artigo editado por Filipa Silva.