A DGArtes vai apoiar 160 projetos de artes preformativas, com um financiamento de mais de 3 milhões de euros. O concurso tem como objetivo estimular a oferta cultural.
A Direção-Geral das Artes (DGArtes) anunciou, esta terça-feira (15), o projeto de decisão do “Apoio a Projetos – Criação e Edição – Artes Preformativas” 2021. No comunicado divulgado no site oficial da DGArtes, a instituição explica que o objetivo deste apoio é “incentivar a concessão, execução e apresentação de obras, residências artísticas, interpretação de repertório (na área da música) e/ou projetos na vertente da edição e publicação nacional de obras”.
Este concurso resulta de um investimento de 3 milhões e 240 mil euros e garante o financiamento de 160 candidaturas. Um aumento de 68% face ao ano anterior, em que foram apoiados 85 projetos de artes preformativas, com um investimento de 1 milhão e 930 mil euros.
Desta forma, a instituição garante que foi possível “aumentar o número de patamares financeiros de quatro para cinco, passando a existir o patamar de 50 mil euros, mais ajustado a projetos artísticos de maior dimensão”.
De acordo com a informação disponibilizada, a maior parte dos projetos, um total de 69, pertencem à Área Metropolitana de Lisboa, seguindo-se a região Norte, com 42 projetos e o Centro, com 28. No Alentejo, serão apoiados oito projetos e no Algarve, cinco. Nos Açores e na Madeira, receberam apoio oito projetos, quatro em cada uma das Regiões Autónomas.
Quanto à área artística, verifica-se que serão apoiados 53 projetos de teatro, 43 de música, 39 de cruzamento disciplinar e 19 de dança. Serão ainda apoiados quatro projetos de ópera e de artes de rua e de circo, um cada.
É de salientar que este financiamento abrange as atividades artísticas até ao limite de 18 meses, enquanto que nos anos anterior o período máximo era de apenas 12 meses. Desta forma, a DGArtes reforça a estratégia de reforço e dinamismo que caracterizam os programas de apoio.
Este ano foi a primeira vez que abriram dois concursos nos domínios da Criação e Edição, um para as artes visuais e outro para as artes performativas.
A instituição revela ainda que o programa tem em conta uma grande preocupação com “dimensões fundamentais para uma cultura de sustentabilidade, investimento, inovação, transição digital, igualdade de género, promoção da diversidade étnica e cultural, preservação ambiental, inclusão social e coesão territorial”. Estes parâmetros são cada vez mais valorizados e têm um impacto direto na avaliação das candidaturas.
As candidaturas para este programa de apoio decorreram entre 16 de agosto e 20 de setembro de 2021. Está a decorrer agora o período de audiência de interessados, para eventuais contestações dos resultados. Os detalhes dos resultados por área artística, domínios, região e patamares financeiros estão disponíveis aqui.
Artigo editado por Tiago Serra Cunha