Estudo da Universidade de Lisboa para a Fundação Calouste Gulbenkian, divulgado esta quarta-feira (16) analisa os hábitos culturais dos portugueses em 2020. O uso da internet aumentou e a ida a eventos culturais caiu, num ano em que a leitura continua em números reduzidos.

A eclosão da pandemia alterou o funcionamento do sector cultural. Com a chegada do vírus, todas as atividades que dependiam da aglomeração de pessoas foram interrompidas, o que levou ao encerramento dos museus, teatros, cinemas, salas de concertos e festivais.

O sector da cultura foi obrigado a reinventar os espaços e estratégias para enfrentar um desconhecido que viria a trazer uma crise sem precedentes. O mundo do espetáculo, que vive das pessoas, está a fundir-se com o mundo do online, com o aumento da dependência da Internet por parte dos indivíduos e instituições.

Estas são as conclusões de um estudo realizado pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS) para a Fundação Calouste Gulbenkian, com foco nas práticas culturais dos portugueses em 2020. O documento oferece um retrato da diversidade do sector em Portugal, à luz dos dados recolhidos, e pretende fornecer às instituições culturais uma “grelha de leitura” sobre os seus públicos, atuais e de futuro e contribuir para a “produção de políticas públicas inovadoras”.

O estudo, coordenado pelos investigadores José Machado Pais, Pedro Magalhães e Miguel Lobo Antunes, foi desenvolvido através de um inquérito a 2000 pessoas com 15 ou mais anos de idade a residir em Portugal.

Os domínios pesquisados abrangem consumos culturais através da Internet, da televisão e da rádio, assim como práticas de leitura em formato impresso e digital. É abordada também a frequência de visitas a bibliotecas, museus, monumentos históricos, sítios arqueológicos e galerias de arte, bem como idas ao cinema, concertos e espetáculos ao vivo, incluindo festivais e festas locais, para além da participação artística e capitais culturais.

Uso da internet no domínio cultural aumenta durante a pandemia

Quando a realidade foi reduzida às paredes de nossa casa, a internet era uma das poucas janelas para o mundo, tendo ganho especial preponderância na partilha e visualização de conteúdos durante a pandemia.

As atividades culturais não ficam à margem dos usos da internet. Destaca-se a música e a leitura de notícias online, como as principais praticas desenvolvidas online, para além da partilha conteúdos culturais (20%), desde vídeos e música a imagens criados pelos próprios.

Esta nova realidade foi reforçada no contexto pandémico devido à intensificação do uso da internet no domínio cultural, sobretudo nos jovens dos 15 aos 24 anos, que passaram a ver mais filmes e séries (40%), a ler mais livros, jornais e revistas online (21%) e a ver mais espetáculos de música (16%).

Estes indicadores evidenciam as potencialidades digitais no incremento da participação cultural. Ainda assim, a percentagem de inquiridos, dos 16 aos 74 anos, que utilizam a Internet (71%) fica aquém da média alcançada pelos países da UE-27 (87%).


Pandemia e mudanças de hábitos no uso de serviços digitais e da internet no domínio cultural (%)

Segundo o estudo, a menor utilização da Internet por parte da população portuguesa, reflete a sua estrutura demográfica, que se caracteriza por ser maioritariamente envelhecida. Aliás, apenas um em cada quatro dos inquiridos com 65 ou mais anos de idade usa a Internet.

Além deste fator, existem outras razões que estão relacionadas com as qualificações académicas e o poder económico. Verifica-se que os inquiridos estão tanto mais desconectados da Internet quanto mais baixo é o seu nível de instrução e de rendimentos.

De entre os motivos assinalados para não se usar a internet, sobressaem razões  económicas, que impedem o acesso a um computador ou à internet pelo custo que acarreta e défices de conhecimento, como a falta de interesse e não saber como usar esta tecnologia.

A taxa de utilizadores da internet aumenta nas faixas etárias mais jovens – o uso da web é praticamente absoluto nos inquiridos dos 15 aos 24 anos. O mesmo se verifica entre os indivíduos mais escolarizados: 98% dos que acedem à internet têm um curso de ensino superior; 96% possuem educação secundária;  87% terminaram o 3.ºciclo; e 67% têm instrução até ao 3.º ciclo.

Televisão conquista os portugueses

O mundo do online terá vindo para ficar, mas os “media clássicos” continuam a ser a preferência dos portugueses, com a televisão a ser o meio mais consumido diariamente por 90% dos inquiridos. Um valor superior ao dobro dos ouvintes diários de rádio (40%) ou dos usuários da internet (41%).

A população com menos rendimentos e com mais idade passa mais horas em frente à televisão. Os dados revelam que o peso dos espectadores mais assíduos é mais elevado entre os portugueses que possuem rendimentos familiares de 800 a 1500 euros (95%) e até 500 euros (92%) em comparação com os que usufruem de mais de 2700 euros (82%).

Pelo contrário, são os indivíduos mais novos, mais instruídos e com maiores rendimentos que, tendencialmente, veem menos televisão.

O grau de escolaridade também contribui para a equação. À medida que avançamos nos estudos, menor é o número de pessoas que tem a televisão como preferência na procura por entretenimento e informação, atingindo o pico entre os portugueses com menos do que o 3.º ciclo (95%) face a 84% dos respondentes com o ensino superior.

Programas televisivos habitualmente seguidos (%)

No que diz respeito à rádio – sobretudo ouvida em deslocações de carro (66%) -, os programas habitualmente mais seguidos são os de notícias e informação (59%) e de música popular (50%). Destaca-se também que 41% dos inquiridos usa o aparelho de rádio tradicional como um dos seus principais meios de audição.

Programas de rádio habitualmente seguidos (%)

Pessoas mais velhas e menos instruídas são quem mais lê

 No que diz respeito à leitura, os resultados são claros: os portugueses estão a ler pouco e os hábitos que se criam em casa podem ser uma das razões.

No domínio da leitura e das bibliotecas, procedeu-se a uma comparação com Espanha, o que agravou ainda mais o panorama da leitura de Portugal, já que a percentagem de pessoas que não leram qualquer livro, impresso ou digital, é francamente superior à do país vizinho.

Os resultados do estudo revelam que, no último ano, 61% dos portugueses inquiridos não leram nenhum livro em papel, contra 38% dos espanhóis. A leitura de livros digitais foi realizada por 10% dos inquiridos portugueses em comparação a 20% dos de Espanha.

Mais de metade dos portugueses não leu nenhum livro no último ano. À luz daquilo que os dados do inquérito permitem apurar, o contexto familiar e as práticas que são incutidas na infância e adolescência têm influência nos hábitos de leitura. A maioria dos inquiridos revelou que nunca foi acompanhado pelos pais ou outro familiar a uma livraria, uma feira do livro ou a uma biblioteca. Além disso, 47% admitiu nunca ter recebido um livro e 54% nunca leu um livro de histórias.

Estas podem ser algumas das razões para os portugueses lerem pouco e cada vez menos. Uma realidade mais distante para os inquiridos mais jovens e aqueles cujos pais têm ou tinham qualificações académicas superiores que reconhecem, com mais frequência, esse apoio familiar e usufruíram de mais experiencia de aproximação ao mundo do livro.

Estes dados denunciam a persistência de assimetrias sociais na criação de hábitos de leitura, mas também sinalizam uma mudança. O facto de os jovens de hoje terem pais mais escolarizados do que os das gerações mais velhas e, por isso mesmo, mais sensíveis ao valor cultural da leitura, evidencia um importante elo de transmissão geracional: a democratização do acesso à educação potencia ganhos culturais nas gerações sucessoras.

Embora os números sejam baixos, os portugueses ainda encaram os livros como um refúgio. A larga maioria dos inquiridos (68%) lê livros por prazer e, curiosamente, a percentagem eleva-se à medida que a idade avança, sendo maior entre os mais idosos e os indivíduos de mais baixa instrução.

Esta tendência não se verifica nos jovens dos 15 aos 24 anos, que leem principalmente para estudar ou realizar trabalhos escolares (45%). O que não passa despercebido é que o privi­légio concedido à leitura por prazer se verifica seja qual for a classe socioprofissional dos portugueses.

Frequência e modalidades de acesso a livros impressos, nos últimos 12 meses (%)

Os jornais são o objeto da cultura impressa com mais leitores, com 43% dos inquiridos a afirmarem que leram jornais em papel no último ano. Só depois vêm os livros, que contam com mais leitores do que as revistas (39% e 32%, respetivamente).

Também na esfera digital os jornais são a publicação mais lida (por 21% dos portugueses inquiridos), vindo só depois, a maior distância, os livros e as revistas (10% de leitores para ambos os formatos).

Leitura de livros, jornais e revistas, por formato, nos últimos 12 meses (%)

Dos museus às galerias de arte: quais são os espaços patrimoniais mais visitados?

 Antes do começo da pandemia de Covid-19, os Portugueses saíam mais vezes de casa para visitar monumentos, museus, sítios arqueológicos e galerias de arte. Nessa altura, não existiam restrições e mais de metade não deixava a distância ser um obstáculo, com 58% a dirigir-se a outros concelhos em visitas a estes locais e 12% a saírem mesmo do país, estes dados relativos aos 12 meses anteriores à pandemia.

Estes espaços, de património material e imaterial, ligam o passado, o presente e o futuro e são uma forma de preservar a história e a memória cultural de um povo. As visitas são sobretudo motivadas por essa vontade de “aproximação cultural” e reforço da “identidade nacional”.

Frequência de visitas a museus, monumentos históricos, sítios arqueológicos e galerias de arte nos 12 meses anteriores à pandemia (%)

Aliás, de entre os motivos que levaram os inquiridos a visitar museus, monumentos históricos, sítios arqueológicos e galerias de arte destaca-se a importância histórica do espaço, assinalada por 40% dos inquiridos.

Lugares reconhecidos como património mundial pela UNESCO visitados pelo menos uma vez na vida (%)

Assim, não surpreende que, no conjunto dos espaços reconhecidos como património mundial, os mais visitados, pelo menos uma vez na vida, sejam o Mosteiro dos Jerónimos (63%), a Torre de Belém (61%) e o Mosteiro da Batalha (59%).

 

 

Para além desta motivação de natureza identitária, sobressaem outros motivos de natureza sociabilística e estética: 33% visitaram esses espaços culturais pelo convívio com outras pessoas e 31% pela beleza do espaço e das obras expostas.

Na hora das visitas, os participantes do estudo não têm dúvidas de que o melhor é ir acompanhado. Apenas 4% realizam as visitas sozinhos; 65% vão com familiares; 27% com namorado/a ou amigos; e 8% com um grupo de escola.

Também este domínio é influenciado pelo grau de ensino, verificando-se que a maior parte dos inquiridos que visitam os espaços patrimoniais têm um nível de escolaridade mais avançado. 70% têm escolaridade superior e 44% possuem o ensino secundário. Visitas menos frequentes são dos que têm o 3.º ciclo (32%) e escolaridade até ao 3.º ciclo (11%).

A história de Portugal e do mundo também pode estar à distância de um clique e as visitas a espaços patrimoniais podem ser feitas através da Internet. Neste domínio, os monumentos históricos e os museus são os espaços mais visitados.

Cinema, “a locomotiva dos jovens”

42% dos portugueses que responderam ao estudo foram ao cinema no ano em análise

O cinema é a atividade cultural com uma taxa de participação mais elevada. Em Portugal, esta prática é mais forte entre a população jovem, dos 15-24 anos, na qual 82% declaram ter ido ao cinema no ano anterior à pandemia.

O cinema é, assim, considerado a “locomotiva” da cultura e dos jovens portugueses, não fosse este apelidado de sétima arte. Ainda assim, a participação dos portugueses é mais reduzida comparativamente aos 58% de inquiridos espanhóis e os 63% de inquiridos franceses que indicaram ter frequentado esta atividade.

Também nestes países se nota a “tendência de juvenilidade”. Em Espanha, as faixas etárias mais jovens concentram 90% dos inquiridos que declaram ter ido ao cinema. Em França, no mesmo ano, dos participantes com 15-19 anos, 87% foram ao cinema.

Ao todo, 42% dos portugueses que responderam ao estudo foram ao cinema nesse ano e 59% não foi nenhuma vez no mesmo período de tempo. Os porquês são vários e vão desde a falta de tempo – o motivo mais mencionado – à falta de interesse, possibilidade de se ver filmes na televisão e em outros suportes digitais, ao elevado preço dos bilhetes.

O que veem e porquê?

No momento da decisão, vários fatores pesam na balança. Para 33% dos inquiridos, o tema do filme é o fator que mais pesa na hora da escolha, mas os atores e realizadores também contam (para 18%), assim como as recomendações de familiares e amigos (para 15%). Há também quem vá ao cinema pelo convívio (12%) ou pelas críticas do filme (7%).

No que toca ao conteúdo mais assistido, os géneros variam entre as diferentes faixas etárias. Os mais jovens têm preferência por filmes de ação, terror e suspense. Já o grupo entre os 35 e os 44 anos prefere filmes de animação e documentários.

Os inquiridos com mais idade (55-64 anos) distribuem as suas preferências pelos policiais e filmes de espionagem. Em particular, na faixa etária dos maiores de 65 anos, verifica-se o gosto pelos musicais, filmes clássicos, históricos e biográficos.

As mulheres têm preferência por filmes de ação e animação, drama, clássicos e filmes de amor. Já os homens mencionam mais vezes a ficção científica e os filmes de espionagem.

Espetáculos eruditos são as atividades com menos adesão

No conjunto de espetáculos e concertos ao vivo, os festivais e festas locais foram os mais frequentados (38%). Logo a seguir, surgem os concertos de música ao vivo (24%), o teatro (13%) e o circo (7%).

As atividades menos frequentadas foram os espetáculos eruditos: música clássica (6%), ballet ou dança clássica (5%) e ópera (2%).

O poder de atração dos festivais e festas locais é transversal a toda a população e a distinção cultural ocorre, sobretudo, no acesso a espetáculos eruditos.  Estas práticas são consideradas minoritárias e não estão ao alcance de todos, sendo frequentadas principalmente por inquiridos com rendimentos elevados. Em contrapartida, as festas locais atraem quem tem habilitações escolares mais reduzidas.

Mas por que é que estas atividades são menos frequentadas? A falta de tempo é, mais uma vez, o principal motivo, sobretudo na faixa etária dos 35-44 anos, mas a falta de interesse e a ideia de que o espetáculo é difícil de perceber são outras das respostas.

O papel da escola na formação artística dos jovens

A regularidade de modalidades, ora mais lúdicas ora mais cria­tivas, fornece um contraponto para a análise das práticas culturais, em particular das práticas artísticas amadoras. Num plano geral dos lazeres realizados pelo menos uma vez no ano anterior à pandemia, as diversas modalidades consideradas são partilhadas por uma par­cela relativamente reduzida da população.

 Quando questionados sobre se alguma vez participaram em oficinas artísticas ou usufruíram de aulas de alguma disciplina artística, não incluídas no currículo escolar, os inquiridos destacaram o papel da escola. Essa formação artística adquirida em contexto escolar beneficiou, sobretudo, os mais jovens, dos 15 aos 24 anos.

Regularidade de visitas culturais durante a infância e adolescência, segundo o contexto de visita (%)

A relevância da educação na “formação de capitais culturais” manifesta-se mais uma vez quando se constata que a afeição dos inquiridos às práticas artísticas amadoras é tanto mais significativa quanto mais elevado é o seu grau de ensino: 32% dos inquiridos com o ensino superior desenvolveram práticas artísticas amadoras.

Estas, contudo, não tiveram grande expressividade no conjunto da população, sobressaindo, todavia, a escrita à qual se dedicaram 8% dos inquiridos, seguindo-se fotografia/vídeo/cinema (7%), a pintura/desenho/gravura (5%) e a música (4%).

A razão que mais os mobilizou para a prática de atividades artísticas foi o prazer (66%), embora tenham ainda referido a expressão pessoal (31%), a distração da vida quotidiana (28%) e a partilha entre amigos e família (22%).

Motivações da prática artística amadora (%)

O papel da escola e da internet na promoção da participação cultural e a leitura inexistente dos portugueses

O estudo, com foco nas práticas culturais dos portugueses em 2020, realizado pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS) para a Fundação Calouste Gulbenkian, foi apresentado na terça-feira (15) numa sessão para a imprensa.

A apresentação contou com a intervenção da presidente da fundação Calouste Gulbenkian, Isabel Mota, e com a presença dos três coordenadores: o investigador coordenador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, José Machado Pais, Pedro Magalhães, investigador principal no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e Miguel Lobo Antunes, jurista e gestor cultural português.

O professor José Pais evidenciou a forte “clivagem” de idades e de níveis de instrução entre os diferentes inquiridos, que influencia a participação cultural. Com base nos resultados do estudo, é evidente que existem atividades que são frequentadas apenas por indivíduos que possuem rendimentos e níveis de escolaridade mais elevados, como os espetáculos eruditos e as visitas a museus e monumentos históricos.

O coordenador do estudo concedeu grande destaque às “iniciativas promovidas na escola” como forma de promover a participação cultural. Um dos exemplos é o Plano Nacional de Leitura, que fomenta o “gosto pela leitura”, uma mais-valia no panorama atual, em que mais de metade da população inquirida não leu nenhum livro no último ano. Destaca-se também a importância da escola na “educação artística” dos jovens.

O envolvimento em práticas culturais online tem vindo a ser considerado uma forma de participação cultural com significado. Através da análise do estudo, é possível perceber que determinados hábitos e práticas culturais transitaram para o contexto digital e se “intensificaram bastante” no período pandémico, particularmente entre os inquiridos mais jovens, como é o caso dos filmes, séries e leitura online.

A sociografia dos inquiridos e aspetos metodológicos

 A amostra apresenta uma dimensão de 2000 inquiridos, que se distribuem por região de forma muito próxima da distribuição conhecida da população residente com 15 ou mais anos, por força da estratificação da amostra: 35% residiam na região Norte, 27% na região da Área Metropolitana de Lisboa, 22% na região Centro, 7% na região do Alentejo, 4% na região do Algarve, 2,5% na região da Madeira e 2,3% nos Açores. Desses, 43% viviam num habitat urbano, 39% em habitat rural, e 18% em habitat intermédio urbano.

É importante referir que, em relação a práticas culturais desenvolvidas em espaços que estiveram encerrados por efeito da Covid-19, o seu questionamento teve por período de referência os 12 meses anteriores ao início da pandemia. Assim aconteceu com a frequência de bibliotecas, arquivos, museus, monumentos históricos, sítios arqueológicos, galerias de arte, cinemas, teatros, circos, recintos ou espaços abertos de espetáculos ao vivo, incluindo festivais e festas locais.

Na maioria das restantes práticas culturais, o período de referência abrangeu os 12 meses imediatamente anteriores à realização das entrevistas. Estão neste caso os usos da Internet, da televisão e da rádio ou as práticas de leitura, quando não realizadas em bibliotecas ou arquivos.

Artigo editado por Tiago Serra Cunha