A Direção-Geral da Saúde aconselha pessoas com imunossupressão grave a inocular-se com uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19.

pessoas com VIH, transplantes, doenças oncológicas e outras autoimunes são aconselhadas a aumentar a proteção. Foto: Mat Napo/Unsplash

A Direção-Geral da Saúde (DGS) recomendou, esta quinta-feira (17), que as pessoas com imunossupressão grave recebam nova dose de reforço da vacina contra a Covid-19, referente a uma quarta dose. Segundo as autoridades de saúde, pessoas com VIH, transplantes, doenças oncológicas (e outras autoimunes) são aconselhadas a aumentar a proteção.

“A vacinação com dose adicional foi anteriormente recomendada à população com imunossupressão grave, de forma a possibilitar um nível de proteção adequado e idêntico ao esquema vacinal primário da população em geral.”, refere a DGS.

Esta recomendação é seguida por orientação da Agência Europeia do Medicamento (AEM), ainda que o regulador europeu sublinhe não existirem dados para sustentar a toma generalizada de uma quarta dose.

Dose de reforço nas grávidas

Em Portugal, a dose de reforço é, atualmente, recomendada para pessoas com 18 ou mais anos – grávidas estão incluídas. A norma salvaguarda que “a vacinação na grávida é prioritária, pelo risco acrescido de complicações relacionadas com a Covid-19 neste grupo”, lê-se na nota da DGS.

A norma da DGS(002/2021) inclui orientações sobre a transcrição dos atos vacinais fora do país e a completude dos esquemas de vacinação primários já iniciados, bem como a administração de doses de reforço, com efeito a partir de 17 de fevereiro.

A quarta dose noutros países

Israel já aprovou a toma da quarta dose da vacina contra a cCvid-19. No país, estão já a ser administradas as vacinas de reforço desde 31 de dezembro de 2021. Cerca de seis meses após terem começado a administrar doses de reforço, as autoridades de saúde do país deram luz verde a uma quarta dose a pessoas com um sistema imunitário mais débil.

Na Suécia, as autoridades sanitárias recomendaram, esta segunda-feira (14), a administração de uma quarta dose a pessoas com mais de 80 anos, bem como às que residem em lares, a essas independentemente da idade.

O Chile, um dos países mais avançados na taxa de vacinação a nível global, começou também na passada segunda-feira (10) a administrar a quarta dose a pessoas imunodeprimidas.

Artigo editado por Tiago Serra Cunha