A competição realiza-se a 12 de março, em Aveiro. Ao JPN, Rafael Lopes, atleta que vai representar a Seleção Nacional, e Wilson Carmo, presidente da AAUAv, falaram sobre a prova, que se realiza pela segunda vez em Portugal.

A competição realiza-se em Aveiro. Foto: FISU / Facebook

Depois de 1996, no Algarve, Aveiro é a segunda cidade portuguesa a receber o Mundial Universitário de corta-mato a 12 de março. À semelhança do que aconteceu com o Mundial Universitário de Futsal, que será realizado no Minho, Portugal não foi a primeira escolha da Federação Internacional do Desporto Universitário (FISU).

Em declarações ao JPN, Wilson Carmo, presidente da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv), salientou que, numa primeira instância, a competição realizar-se-ia na Austrália. No entanto, face à desistência do país, Aveiro abraçou a organização do primeiro mundial em solo aveirense.

Segundo o presidente, a escolha de Aveiro por parte da FISU deveu-se às “organizações dos outros campeonatos, nomeadamente o Europeu”. A cidade recebeu, em 2001, o campeonato europeu universitário de basquetebol, naquela que foi a primeira edição da competição.

Wilson Carmo salienta que esta candidatura, feita em 2019, tinha e tem como objetivo “ganhar experiência e riqueza”, para que Aveiro e a AAUAv comece a organizar “cada vez mais provas internacionais de relevo, nomeadamente mundiais”.

O contrarrelógio na preparação

Face à desistência da Austrália, a organização do mundial que normalmente se executa em três anos não aconteceu nestes moldes. “Começamos apenas o ano passado”, conta Wilson Carmo ao JPN. Para a realização deste evento à escala mundial, os aveirenses habilitaram e construíram uma pista de corta-mato no Campus de Santiago, local onde se vai realizar a prova.

O representante da AAUAv conta que o local onde estará a pista que “está praticamente finalizada” era “um terreno abandonado” que “ninguém utilizava”. “O investimento não foi feito só para o mundial, mas para de facto haver uma pista de corta-mato em Aveiro, que seja uma pista de renome e que consiga receber vário eventos”, frisou.

Quem estará em Aveiro ?

“As inscrições já estão fechadas”, salientou Wilson Carmo. No entanto, sem certezas absolutas quanto ao número, o presidente conta com a presença de “cerca de 220 participantes no total”, comitivas incluídas. Dentro deste número estarão “cerca de 20 países”.

Rafael Lopes, estudante no Instituto Politécnico do Porto, é um dos portugueses que representará Portugal. Ao JPN, o jovem conta que não tem expectativas, mas que vai dar o seu melhor. Questionado sobre a maior dificuldade que poderá encontrar, Rafael Lopes refere que, “se chover”, essa poderá ser a maior condicionante. “Espero que não chova”, desabafou.

No entanto, competir em casa é, para o atleta de 21 anos, um fator determinante. “Ter mais pessoas a aplaudir-nos e a gritar por nós é uma motivação para o atleta”, disse.

Para além do estudante de desporto, a seleção portuguesa conta com Afonso Simão (Iscte), Cátia Pereira (P.Leiria), Duarte Gomes (Ulht), Lia Lemos (P.Porto), Laura Taborda (E. Kentucky U), Ricardo Ferreira (Iscte) e Sara Duarte (Esenfporto), no individual.

Na estafeta, João Amaro (U.Porto), Mariana Machado (U.Minho), Pedro Amaro (P.Porto) e Rita Figueiredo (U.Porto) foram os escolhidos. Como suplentes, os portugueses contam com Duarte Santos (P.Leiria), Margarida Silva (Nova), Mónica Silva e Samuel Rios (P.Porto).

O Politécnico do Porto (P.Porto) é a instituição que tem a maior representatividade nestes convocados.

 

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Wilson Carmo salienta que “os olhos vão estar todos postos em Aveiro”, na competição que se realiza a 12 de março e que será a primeira a nível mundial organizada pela cidade e pela AAUAv.