A final da Algarve Cup, jogada esta quarta-feira, entre Suécia e Itália, no Estádio Municipal de Lagos, foi decidida nos penáltis, com as nórdicas a serem mais felizes.

No fim dos 90 minutos, registou-se 1-1 no marcador. Na primeira parte, as italianas foram mais eficazes e conseguiram chegar ao golo aos 18 minutos, por intermédio de Valentina Giacinti – melhor marcadora do torneio, a par com Celin Ildhusoy da Noruega.

Ao longo do encontro, a Suécia foi criando sempre muito perigo e aos 72’, sem muita surpresa, Caroline Seger fez o golo do empate, através de grande penalidade – um bom presságio para o que se viria a passar a seguir.

Depois de uma final bem disputada e equilibrada, entre a número dois (Suécia) e a número 15 (Itália) do ranking mundial, o empate parecia ajustar-se, no fim dos 90 minutos. Nos penáltis, as nórdicas foram mais felizes e garantiram a quinta conquista da Algarve Cup, depois de o terem feito em 1995, 2001, 2009 e 2018.

A Suécia chegou à final com apenas um jogo realizado, uma vez que a Dinamarca foi forçada a abondar o torneio, depois de um surto de Covid-19 na seleção. No jogo que fizeram, as suecas venceram Portugal, no último domingo, atirando a seleção lusa para fora da final da Algarve Cup.

A Itália, que tinha jogado com a seleção dinamarquesa no jogo inaugural do torneio, vinha de dois jogos e duas vitórias, frente à Dinamarca (0-1) e à Noruega (2-1).

Portugal perde o bronze com Noruega

Após duas vitórias consecutivas da seleção portuguesa, nos últimos dois jogos frente à Noruega, foi a vez de, agora, as nórdicas se superiorizarem às lusas. Nos seis jogos realizados entre as duas seleções, curiosamente, o resultado foi sempre 2-0 ou 0-2. Desta vez, o que é já trivial caiu para o lado norueguês.

No jogo de decisão dos terceiro e quarto lugares, da Algarve Cup, Portugal e Noruega reencontraram-se, agora no Estádio do Algarve, depois de um primeiro jogo onde Portugal tinha levado a melhor. Desta vez, foi a número 12 do ranking mundial de futebol feminino que sorriu, alcançando o terceiro lugar da competição.

A Noruega foi mais eficaz e Elisabeth Terland, no primeiro remate direcionado à baliza de Portugal, chegou ao golo, à passagem do minuto 20.

Aos 77’, quando Portugal até estava por cima no jogo, um balde de água gelada, vindo do norte da Europa, caiu em terras algarvias e Celin Ildhusoy fez o 0-2, sentenciando a vitória norueguesa.

A Noruega já venceu a competição por cinco vezes (1994, 1996, 1997, 1998 e 2019). Desta vez, uma vitória, em três jogos, foi o suficiente para ficar com o bronze.

Em declarações à Federação Portuguesa de Futebol, o selecionador português Francisco Neto fez um balanço da competição: “Três jogos em contextos de adversidade imensa fazem com que as jogadoras percebam e nós, como equipa técnica e grupo todo, percebamos onde temos de andar, aquilo que de bom fizemos – e houve coisas boas que fizemos nos três jogos – e também corrigir o que de menos bom fizemos”.

A seleção das quinas volta a jogar em abril, dias 9 e 12, frente à Alemanha e Bulgária, em jogos a contar para a qualificação do Mundial 2023. Tal como Francisco Neto foi deixando claro ao longo da competição, a Algarve Cup serviu, fundamentalmente, para preparar esses jogos de maior importância: “Era esse o grande objetivo. Com mais jogadoras preparadas, com mais minutos em contexto internacional”.

Artigo editado por Filipa Silva