Esta manhã, cerca de meia centena de cidadãos ucranianos residentes em Portugal juntaram-se em frente ao consulado da Rússia, no Porto, para manifestarem apoio aos conterrâneos e ao país de origem.
“Estamos longe, mas a Ucrânia está nos nossos corações, eles não estão sozinhos”, afirmou Sofyia Markelov, ao JPN. A jovem juntou-se à manifestação espontânea desta quinta-feira de manhã, porque “está muito preocupada” com a situação que se vive atualmente na Ucrânia.
Sofyia tem mantido contacto com os seus familiares que lhe contam um cenário de “pânico instalado”. “Hoje liguei para os meus avôs e eles disseram que estão em supermercados a comprar comida, e disseram-me que os supermercados estão lotadíssimos”, conta.
Ao lado, Tetayna Polyuha, que está em Portugal há 20 anos por razões profissionais, diz terem sido apanhados de surpresa: “Não estávamos a contar com o ataque desta madrugada”. Ao JPN, Tetayna afirma que o mínimo a ser feito pelo Estado português é “receber os ucranianos que forem forçados a vir para cá”. Quando veio para Portugal deixou os filhos na Ucrânia, agora, já tem netos e diz-se “muito preocupada e triste”.
O sentimento de desespero e impotência é generalizado. Marina Chumak deixou a Ucrânia para vir ajudar financeiramente a família, hoje recebe notícias dos familiares que “não pensam em vir para Portugal”. Marina Chumak acredita que o presidente russo “não vai parar” e que “esta guerra não é só da Ucrânia, é do mundo todo”.
Um momento de solidariedade acompanhado de muitas lágrimas dos que marcaram presença junto ao Consulado russo, localizado na Avenida da Boavista.
Para as 18h00 está marcada uma nova concentração no mesmo local. Em Vila Nova de Gaia, haverá uma oração marcada para as 20h00, no Seminário Redentorista Cristo Rei.
Artigo editado por Filipa Silva