Dada a escalada do conflito na Ucrânia, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática garantiu, em comunicado enviado esta quinta-feira às redações, que “o abastecimento dos Serviços Nacionais de Gás e do Sistema Petrolífero Nacional estão salvaguardos”.

Apesar de a Rússia ser o país de origem de 40% das importações de gás natural na Europa, apenas 10% do gás que foi importado para o nosso país foi proveniente da nação russa, que lançou na quinta-feira uma ofensiva em larga escala contra a vizinha Ucrânia.

Por outro lado, Portugal tem, neste momento, dos níveis mais altos de armazenamento de Gás Natural em toda a Europa, em termos percentuais: 79,2% de sua capacidade total, sublinha o Ministério. A tutela nota ainda que, no terminal de Sines, não se verificaram ultimamente falhas de entrega de GNL (gás natural liquefeito) e que a calendarização de fevereiro e março decorrem como o programado pelos agentes de mercado.

Em relação ao petróleo bruto e derivados não estão previstos “problemas de abastecimento” já que desde 2020 que Portugal não abastece o primeiro a partir da Rússia. Quanto aos derivados, existem fornecedores estrangeiros que podem servir de alternativa, sendo “uma pequena fração do total” os que se importaram à Rússia.

O governo assegura, por último, que Portugal possui “reservas estratégicas” de crude e combustíveis – como gasóleo, gasolina e GPL. No caso dos combustíveis, em quantidade suficiente “para garantir o consumo nacional por 90 dias”.

Artigo editado por Filipa Silva