A plataforma online global, onde refugiados ucranianos podem encontrar alojamento, medicamentos e ofertas de trabalho, foi criada em Portugal. Hugo Sousa, criador da plataforma, falou ao JPN sobre esta ferramenta.

A plataforma online global onde refugiados ucranianos podem encontrar alojamento, medicamentos e ofertas de trabalho foi criada em Portugal. Foto: Joana Araújo

A plataforma global WEHELPUKRAINE.ORG (WHU) liga pessoas a precisar de ajuda na Ucrânia, ou em fuga, com qualquer entidade que possa fornecer apoio. Arrancou no sábado (26 de fevereiro), em Portugal, e já tem mais de uma centena de pessoas e organizações a desenvolver e a gerir a plataforma.

Vai funcionar como uma espécie de “Airbnb”, para encontrar (e disponibilizar) alojamento, medicamentos e ofertas de trabalho, entre outros. Para além disso, tem também um contact center em diversas línguas (inglês, português e ucraniano), para atendimentos por telefone, e-mail, mensagens instantâneas, videoconferência e outros canais de comunicação.

Plataforma “We Help Ukraine”. Imagem/Reprodução

Hugo Sousa, porta-voz do movimento, referiuao JPN que decidiu criar o portal “porque é importante ter uma adequada gestão de meios”. “É um agregador de ajuda, amplificando o que [todos os voluntários e organizações] já faziam, de forma mais eficiente. Acima de tudo, queremos que as pessoas que precisam de ajuda encontrem toda esta informação no WHU e, com dois ou três cliques, resolvam o seu problema“, acrescentou.

O projeto pretende dar resposta a todo o tipo de carências que possam surgir aos ucranianos. Foram muitas as ofertas de ajuda que surgiram logo desde início, sendo que a equipa se focou nas principais necessidades. “O alojamento foi a principal prioridade. Depois, informação sobre como obter documentação, apoio médico e transporte. Apoio psicológico é outra área que estamos a querer desenvolver, com a parceria da Ordem dos Psicólogos”, afirmou.

No entanto, apenas à medida que os pedidos de ajuda vão chegando de forma mais “gradual” é que a equipa consegue perceber melhor de que outras formas é que pode também ajudar. Hugo Sousa explicou ao JPN a variedade de situações e instâncias em que a plataforma pode ser útil: “por exemplo, também temos pedidos de powerbanks (carregadores portáteis), para as pessoas, quando passam a fronteira, continuarem a ter bateria nos seus telemóveis”.

A We Help Ukraine foi capaz de reunir, desde o último sábado (26 de fevereiro), o apoio de pessoas, empresas e organizações que se disponibilizaram para ajudar com o lançamento da plataforma. A adesão de parceiros surpreendeu Hugo Sousa, “de tal forma que tivemos de criar uma equipa que só faz essa gestão e avalia se as entidades são credíveis, porque temos de ter cuidado com a segurança”, acrescentando que a comunicação social e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foram importantes para ajudar a divulgar o projeto.

Artigo editado por Tiago Serra Cunha