A seleção nacional venceu os quatro jogos da eliminatória frente à seleção polaca que decorreram entre sexta-feira (4) e sábado (5), na cidade da Maia. João Sousa e Nuno Borges colocaram Portugal em vantagem no primeiro dia, enquanto Francisco Cabral e Nuno Borges fecharam o par decisivo num ambiente eletrizante.
Portugal defrontou e venceu a Polónia numa eliminatória relativa ao play-off do Grupo Mundial 1 da Taça Davis que se realizou na sexta-feira e no sábado. Os embates foram disputados no Complexo Municipal de Ténis da Maia e o ambiente vivido nas bancadas foi uma das chaves para a vitória lusa.
João Sousa e Nuno Borges foram chamados por Rui Machado, capitão da seleção nacional, para os encontros de singulares que abriram a eliminatória, na sexta-feira (4). O número um nacional, João Sousa, foi o primeiro a entrar em campo e protagonizou o arranque desejável para a seleção lusa.
O vimaranense assegurou o primeiro ponto da seleção nacional ao derrotar Kacper Zuk. O número 87.º do ranking mundial bateu o polaco de 23 anos, 190.º classificado no ranking ATP, em três sets, pelos parciais de 6-3, 2-6 e 6-4, após 2h31.
Num encontro em que João Sousa entrou mais forte e venceu o primeiro set de forma tranquila, o tenista polaco mostrou-se confiante em mudar o rumo do jogo. Apesar do desaire no segundo parcial, o apoio do público foi decisivo para o número um português selar o encontro no seu serviço, quando vencia por 5-4.
Nuno Borges, 165.º do ranking mundial, foi o eleito para disputar o segundo embate frente à seleção polaca. O maiato de 25 anos derrotou o número um dos adversários e 75.º da hierarquia mundial, Kamil Majchrzak, com os parciais de 3-6, 6-4 e 6-3, ao fim de 1h59.
O português acusou a pressão de disputar um encontro de singulares no primeiro dia de uma eliminatória da Taça Davis e entrou no encontro a perder por 5-0. No entanto, o apoio do capitão Rui Machado e dos restantes companheiros de seleção, juntamente com o apoio do público maiato, foram o gatilho necessário para espoletar aquela que se poderá titular como a mais importante vitória da carreira do jovem português.
Juventude portuguesa superior à experiência polaca
Depois da vantagem de 2-0 conquistada na sexta-feira, Portugal só necessitava de vencer o par para fechar a vitória na eliminatória. O estreante Francisco Cabral foi o escolhido para se juntar a Nuno Borges. A dupla portuguesa, que tem dado cartas na vertente de pares nos torneios internacionais que tem disputado – em 2021 ganharam seis títulos na categoria challenger – foi acompanhada por uma bancada cheia no Complexo de Ténis da Maia.
A seleção nacional triunfou sobre Szymon Walkow (93.º no ‘ranking’ ATP de pares) e Jan Zielinski (79.º) em três parciais, por 3-6, 6-3 e 6-4. Os lusos entraram mal e sofreram um break no seu primeiro jogo de serviço, o que levou à derrota no set inaugural.
Borges e Cabral redimiram-se da melhor maneira e responderam na mesma moeda. Os portugueses quebraram o serviço inaugural dos adversários e restabeleceram a igualdade no confronto. No set decisivo, a dupla portuguesa colocou-se em vantagem com dois breaks, no primeiro e terceiros jogos. Após tremerem nos primeiros quatro pontos para fecharem o encontro, os portugueses só conseguiram selar a partida no quinto match point.
Com uma vantagem de 3-0 e a vitória na eliminatória já assegurada, Rui Machado chamou Gastão Elias, homenageado com o “Davis Cup Commitment Award”, devido à presença na 23.º eliminatória da competição, para disputar o último singular.
O português derrotou Jan Zielinski, pelos parciais de 6-1 e 6-3, e fechou a vitória em 4-0 para Portugal. Esta conquista segurou a permanência de Portugal no Grupo mundial 1, enquanto a Polónia desceu ao Grupo II da Taça Davis.
Em setembro, Portugal volta a entrar em ação para a competição. Apesar da seleção nacional ainda não saber qual o adversário que vai defrontar, por não ser cabeça-de-série, já conhece os possíveis concorrentes. Equador, Finlândia, Canadá, Eslováquia, Noruega, República Checa, Roménia, Colômbia, Brasil, Hungria, Japão e Áustria são os possíveis adversários.