Para assinalar o Dia da Mulher, a ministra da Saúde, Marta Temido, marcou presença na inauguração do Centro Materno-Infantil, no Monte da Virgem, em Gaia. As novas instalações vêm responder a problemas de longa data, mas ainda há trabalho a fazer.

Marta Temido

A Ministra da Saúde, Marta Temido, visitou o novo Centro Materno-Infantil no Dia Internacional da Mulher. Foto: Margarida Guerreiro

Na última terça-feira, a nova unidade hospitalar que aloja o Centro Materno-Infantil de Gaia recebeu Marta Temido para a inauguração oficial do edifício, que já está em funcionamento. O investimento, de 14,6 milhões de euros, era esperado por muitos profissionais de saúde há mais de vinte anos, e representa, nas palavras da ministra, “uma mudança radical face às antigas instalações” e “diz muito às mulheres e à maternidade”.

No novo espaço, com um total de cerca de 8.000 metros quadrados, todos os quartos são individuais e dispõem de casa de banho privada para o conforto das grávidas e acompanhantes. Rui Guimarães, membro da administração do hospital, fez questão de destacar esta conquista, uma vez que na maternidade antiga “as mulheres partilhavam uma casa de banho para cada oito pessoas”.

Entre as novidades estão também a proximidade de vários serviços de apoio, como as novas unidades de neonatologia e pediatria. Para além disso, os blocos de parto têm agora ligação direta ao bloco operatório, com o objetivo de garantir maior segurança às mães. A ministra da Saúde garante que, nas novas instalações, “a qualidade, a dignidade e a modernidade das infraestruturas está à vista de todos”.

Apesar dos avanços, Rui Guimarães admitiu que “nem tudo são boas notícias” e fez questão de se desculpar, em nome do hospital, pelas melhorias a fazer. O membro da administração lamenta que tenham ficado para trás, no edifício antigo, “alguns serviços, nomeadamente o ambulatório, a unidade de procriação medicamente assistida, o diagnóstico pré-natal e toda a parte de consultas.”

De olhos postos no futuro, o hospital garante que, a partir daqui, os esforços vão concentrar-se na construção do segundo piso do edifício, que “continua todo em tosco”. Assim que estiver terminado, o espaço vai receber a unidade de infeciologia, criada durante a covid-19, e o serviço de ortopedia, que, para já, está acomodado, “com grande esforço”, na área dedicada à mulher e à criança. Fica ainda a promessa de, um dia, se investir num heliporto para servir a urgência, como o que está planeado para o Hospital de São João, no Porto.

A visita guiada ao novo espaço ficou marcada pelos elogios de todos os presentes. Miguel Reis, presidente da Câmara Municipal de Espinho, confessou estar “de coração cheio” depois de ver a evolução nas condições do centro hospitalar. Já o homólogo gaiense, Eduardo Vítor Rodrigues, afirmou ser “um dia de orgulho para todos”.

A tarde terminou com as palavras de Marta Temido, que agradeceu a todos os profissionais de saúde “que não deixam de lutar para que estes investimentos sejam possíveis.” A ministra acrescentou ainda que este investimento espelha o objetivo principal para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) – “queremos um SNS com futuro e com um nível de qualidade que seja objeto de uma melhoria contínua e duma preocupação com o pormenor, porque é isso que os cidadãos esperam de nós.”

Artigo editado por Filipa Silva