O novo “pulmão verde” do Porto estende-se por seis hectares com percursos pedonais e cicláveis e acessos a pessoas com mobilidade reduzida. A inauguração do parque terá lugar este domingo, 20 de março.

O concurso público para o Parque Central da Asprela foi publicado esta terça-feira em Diário da República.

Obra começou em 2020 e transformou as imediações da FADEUP, na Asprela. Foto: Bárbara Brochado

Foi em 2018 que se anunciou a criação do Parque Central da Asprela. Quatro anos volvidos – com avanços e recuos pelo caminho – o espaço verde nas imediações da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP) será, por fim, apresentado aos portuenses.

O novo parque terá, aproximadamente, o tamanho de seis campos de futebol e servirá de ligação entre as várias faculdades do campus universitário da Asprela. O espaço resulta de uma parceria entre a Câmara Municipal do Porto (CMP), a Universidade do Porto (UP) e o Instituto Politécnico do Porto (P.Porto) e veio transformar a paisagem entre as estações de metro do Polo Universitário e do IPO. Onde antes estava uma zona de mato praticamente abandonada, foram plantadas 650 árvores e arbustos.

Além das zonas verdes, o espaço conta com espelhos de água e ribeiras, assim como percursos pedonais e cicláveis acessíveis a pessoas com mobilidade reduzida. De forma a impedir inundações na linha do metro, o parque tem ainda uma bacia de retenção com capacidade para 10 mil metros cúbicos de água da chuva.

Aquando da apresentação do projeto do Parque da Asprela, em 2018, as estimativas apontavam para que a obra tivesse início em 2019 e fosse concluída no ano seguinte. Em fevereiro de 2019 foi aprovada por unanimidade pelo executivo da CMP a constituição do consórcio responsável pela criação do parque. Este foi liderado pelo Município, em parceria com a UP, o P.Porto e a empresa Águas do Porto.

Em março do mesmo ano, o concurso público para o Parque Central da Asprela avançou e os prazos pareciam exequíveis. No entanto, o projeto acabou por cair num interregno por mais de um ano, enquanto aguardava o aval do Ministério das Finanças para avançar. Segundo a CMP, em declarações ao jornal “Público”, “o derradeiro obstáculo para a obtenção do visto” relacionava-se com a “formalização da reprogramação temporal do contrato de financiamento”.

A construção do parque teve início em julho de 2020, mas também a pandemia viria a provocar atrasos no andamento dos trabalhos. O JPN visitou a obra em dezembro de 2021 com o arquiteto Paulo Farinha Marques, professor da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e coordenador do projeto.

O parque custou cerca de 2 milhões de euros e contou com o financiamento do Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente. A inauguração do espaço, marcada para este domingo, às 11h00, estará a cargo do presidente da CMP, Rui Moreira, o reitor da UP, António de Sousa Pereira e o presidente do Politécnico do Porto, João Rocha.

A abertura do Parque Central da Asprela enquadra-se na segunda parte do projeto que levou à criação, em 2015, do Parque da Quinta das Lamas.

Artigo editado por Filipa Silva