O Tribunal Arbitral do Desporto confirmou a suspensão do ciclista Raul Alarcón, que tinha vencido a Volta a Portugal em 2017 e 2018. Na base da decisão estão as anomalias registadas no passaporte biológico do desportista.

Raul Alarcón perde, entre outras competições, a Volta a Portugal de 2017 e 2018. Fonte: Volta a Portugal

Raul Alarcón está suspenso das competições de ciclismo, por doping, durante quatro anos, avançou a Lusa esta quarta-feira. O Tribunal Arbitral do Desporto (TAS, na sigla francesa) rejeitou o recurso apresentado pelo ciclista da W52-FC Porto e deu razão ao Tribunal Antidopagem da União Ciclista Internacional (UCI), que tinha condenado o vencedor da Volta a Portugal de 2017 e 2018. A decisão data de 28 de janeiro deste ano.

Para as entidades, as anomalias registadas no passaporte biológico do desportista são coincidentes com transfusões sanguíneas. O TAS refere que “o painel considera que o perfil [hematológico] do corredor evidencia uma grande possibilidade de manipulação sanguínea, cujo ‘timing’ reforça esta conclusão, uma vez que estas anomalias coincidem com a Volta a Portugal de 2015, 2017 e 2018”.

O espanhol, que venceu duas voltas a Portugal, vê-se agora impossibilitado de fazer-se à estrada até outubro de 2023, ficando sem os títulos ganhos entre 28 de julho de 2015, data do primeiro resultado “suspeito”, e 2019.

Assim e com a perda dos dois triunfos da Volta a Portugal, Amaro Antunes, em 2017, (W52-FC Porto) e Joni Brandão, em 2018, (Sporting-Tavira) passam a ser os novos vencedores. Atualmente os ciclistas fazem parte da equipa dos dragões.

Alarcón é o quinto corredor a perder o triunfo na Volta a Portugal por doping, depois de Marco Chagas (1979), Joaquim Agostinho (1969 e 1973), Fernando Mendes (1978) e Nuno Ribeiro, atual diretor desportivo da W52-FC Porto, em 2009.

Artigo editado por Filipa Silva