A FIFA lançou, esta terça-feira, o FIFA+, plataforma streaming onde disponibiliza, gratuitamente (pelo menos para já), jogos de futebol em direto, arquivos de partidas do Campeonato do Mundo e vários conteúdos exclusivos do mundo do futebol masculino e feminino.
A FIFA é a mais recente entrada no mercado do streaming. FIFA+ é a nova plataforma digital de transmissão de conteúdos da maior organização de futebol do mundo através da qual vai ser possível ver jogos de futebol de todas as seis confederações, emitidos em direto. Por agora, 1.400 partidas serão transmitidas mensalmente através do novo serviço mas, segundo o comunicado da FIFA, o serviço irá disponibilizar, no seu ano de estreia, mais de 40 mil jogos (mais de 29 mil masculinos e 11 mil femininos).
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Introducing #FIFAPlus: your new home for football ✨
Watch or stream for free thousands of live matches per month, stories from your favourite footballers, and the biggest archive of World Cup matches https://t.co/EO11dasOum pic.twitter.com/h4vm0z3PqJ
— FIFA.com (@FIFAcom) April 12, 2022
FIFA+ é mais do que a transmissão de jogos de futebol
O FIFA+, que já se encontra disponível online, oferece ainda documentários, séries e talk-shows originais, incluindo produções com a participação de Ronaldinho, Dani Alves, Ronaldo, o Fenómeno, Romelu Lukaku, Lucy Bronze e Carli Lloyd, entre outros.
Para além disso, a plataforma contará ainda com um arquivo de todos os jogos de campeonatos do mundo, masculinos e femininos, da FIFA, “alguma vez gravados”, com partidas completas e destaques a partir da década de 1950. No entanto, a plataforma não irá transmitir o Campeonato do Mundo do Catar 2022.
Além de partidas de futebol, a FIFA+ será também a casa de dados estatísticos, notícias e até jogos interativos ligados ao futebol mundial, tais como “votações, quizzes, jogos fantasiosos e previsões”.
Segundo Gianni Infantino, presidente da organização, a FIFA é a primeira federação desportiva a proporcionar um serviço tão extenso de streaming. Infantino sublinhou que se trata de “uma mudança cultural no sentido de ir ao encontro dos diferentes modos como os fãs do futebol se querem ligar e explorar o jogo”.
Plataforma 100% gratuita… por enquanto
Segundo a FIFA, a plataforma foi criada para “unir mais profundamente os adeptos de futebol de todo o mundo ao jogo que amam, gratuitamente”.
O serviço é, por enquanto, gratuito e suportado por anúncios, mas isso pode mudar. “Não há qualquer plano para cobrar uma subscrição pelo serviço. Isso não significa que não possamos evoluir com o tempo caso surja uma proposta de valor que nos permita cobrar uma subscrição se adotarmos direitos premium ou outro tipo de modelos. No entanto, haverá sempre uma experiência grátis no FIFA+”, disse a diretora de estratégia da FIFA, Charlotte Burr.
Os jogos em direto serão bloqueados geograficamente (ou seja, restringidos de acordo com a localização do utilizador), de forma a que o serviço não interfira com direitos de transmissão desses jogos adquiridos por estações locais.
“Acelerar a democratização do futebol” faz parte do plano
“Este projeto representa uma transformação cultural, uma vez que diferentes tipos de adeptos de futebol querem conectar-se e explorar o jogo global. Tem sido uma parte fundamental do meu Vision 2020-2023 (nome do plano de ação da FIFA). Irá acelerar a democratização do futebol e estamos encantados por partilhá-lo com os fãs.”, afirmou o Presidente da FIFA, Gianni Infantino.
A FIFA promete ainda que o conteúdo presente na FIFA+ “continuará a crescer e a evoluir em 2022, fornecendo conteúdo fresco, globalmente relevante e concentrado no decorrer do ano.”
A plataforma está disponível em todos os dispositivos móveis e web em inglês, francês, alemão, português e espanhol. Estará também disponível em seis outras linguagens (mandarim, malaio, coreano, japonês, italiano, árabe e hindi) a partir de junho de 2022.
Com o FIFA+, a empresa sediada em Zurique entra no mercado das plataformas streaming, que tem visto um crescimento explosivo nos últimos anos, impulsionado pela popularidade de plataformas como a Netflix, a HBO ou a Disney Plus.
Artigo editado por Filipa Silva