O edifício já foi entregue à STCP por parte da empresa responsável pela obra, a GO Porto. Com um investimento total de mais de 12 milhões de euros, o terminal será um local onde vão passar a circular grande parte dos transportes rodoviários da cidade.

O betão será “camuflado” por um enorme espaço verde e áreas ajardinadas nas imediações do Terminal Intermodal. Foto: Guilherme Costa Oliveira/Porto.pt

Prestes a terminar a obra que abrange mais de quatro hectares, o novo Terminal Intermodal de Campanhã (TIC) abrirá as portas dentro de dois meses. O anúncio foi feito na passada sexta-feira (20), na ocasião em que a GO Porto, empresa municipal responsável pelo projeto, fez a entrega simbólica do edifício à Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), que vai ficar encarregue da gestão da infraestrutura.

De acordo com o administrador da GO Porto, Manuel Aranha, citado pelo portal de notícias da autarquia, Porto.pt, será neste terminal que ocorrerá “o rebatimento dos passageiros para outros modos de transporte, seja a STCP, o metro, ou o comboio”. A maioria do “transporte rodoviário internacional, interurbano e regional que entra na cidade” passará a circular em Campanhã, refere o mesmo site. Isto vai proporcionar, nas contas da autarquia, uma diminuição do tráfego de automóveis pesados no centro do Porto, que, por sua vez, poderá levar a uma redução de 1776 tep (toneladas equivalentes de petróleo).

Para a presidente da STCP, Cristina Pimentel, é “absolutamente importante que estes serviços [de transporte rodoviário] saiam do centro da cidade”, salientando que “a vinda para aqui poupa a esses operadores muitos quilómetros no centro da cidade e poupa à cidade, também, muitas emissões de CO2 desnecessárias”.

Com um investimento de 12,6 milhões de euros – cerca de 8,5 milhões desses provêm de fundos comunitários do programa Norte 2020 –, o terminal apresenta oito cais de embarque para autocarros e 30 lugares de estacionamento para veículos de transporte rodoviário internacional, interurbano e regional. Para além disso, existe ainda espaço para bicicletas e táxis, assim como para o sistema de “kiss & ride”. Desta forma, o TIC tem capacidade para “mil serviços por dia”, isto é, “120 mil passageiros” por dia e “43 milhões por ano”, assevera Cristina Pimentel.

Por enquanto, já houve confirmação de transferência da operação para o terminal por parte de cinco operadores – que atualmente estão no Parque das Camélias, na Batalha – tanto a nível nacional como internacional, num total de 38 linhas. Contudo, Cristina Pimentel espera que seja possível aumentar o número.

A partir de julho, quando o TIC já estiver a funcionar, estará ainda a ser construído “um túnel que passa por baixo das linhas de caminho-de-ferro e que faz a ligação direta à estação de metro”, indica o responsável pela GO Porto. Todavia, Manuel Aranha assegura que “as pessoas podem na mesma passar porque é apenas uma questão de acabamentos”.

A infraestrutura inclui ainda um parque de estacionamento com 268 lugares e terá uma enorme cobertura verde, a imagem de marca do projeto de Nuno Brandão Costa

Artigo editado por Filipa Silva