Prova marcada para 18 de setembro corre-se este ano integralmente na cidade do Porto. Obras no tabuleiro inferior da ponte D. Luís obrigam a ajustes no traçado. Jardim do Passeio Alegre é, este ano, zona de partida e de chegada.

Este ano, por causa das obras, os corredores não vão atravessar a ponte para Vila Nova de Gaia. Foto: D.R./Runporto

Depois de um regresso, em 2021, ainda marcado pela pandemia, com restrições no número de participantes e horários desencontrados nas duas provas “em cartaz”, a Meia Maratona do Porto volta este ano ao seu figurino tradicional, tendo como principal novidade o percurso

Com o tabuleiro inferior da Ponte D. Luís encerrado para obras – que depois de terminadas devem corrigir a famosa vibração horizontal do tabuleiro que os corredores sentiam, nestes eventos, ao atravessar – a organização teve de refazer o traçado.

Este ano, corre-se exclusivamente nas margens do Porto, tanto na frente de mar como na de rio. A corrida parte do Jardim do Passeio Alegre em direção à rotunda do Castelo do Queijo, cumprindo-se os primeiros 5 quilómetros junto ao mar. De regresso ao Passeio Alegre, os corredores seguem junto ao rio rumo ao Freixo e retornam ainda antes de chegar à ponte. A meta estará, de novo, no Jardim do Passeio Alegre, ao cabo de 21.097,5 metros.

A organização explica o traçado num vídeo publicado no início do mês.

As inscrições continuam abertas para as duas provas – de 21 e de 5 quilómetros – no site oficial do evento. Nesta fase e até 13 de setembro, os valores são de 25 euros para a corrida mais longa e de 15 euros para a mais curta. A primeira está limitada a 10 mil participantes e a segunda a 5 mil.

Em 2021, a vitória foi para Luís Saraiva (SC Braga) com 01h03m11s e para Solange Jesus (SC Feirense) com 01h15m43s. Mas depois de uma corrida quase exclusivamente nacional, os atletas portugueses voltam, em 2022, a ter a concorrência dos corredores africanos, que dominam quase por completo o quadro de honra de vencedores.

Todas as edições precedentes foram ganhas ou por um atleta do Quénia ou um etíope, tanto no masculino como no feminino, com apenas três exceções: Zerzenay Tadese, da Eritreia, que ganhou em 2011; Daniel Rotich, do Uganda, vencedor em 2016; e Nao Isaka, do Japão, que venceu, no feminino, também nesse ano. Haile Gebrselassie, Paul Tergat e Jonathan Kipkorir são alguns dos históricos do fundo mundial que já passaram pela prova. É, aliás, do etíope, medalha de ouro dos 10 mil metros nas Olimpíadas de Atlanta e de Sidney, o melhor tempo já conseguido no Porto: 01h00m04s.

A 15.ª edição da Meia Maratona do Porto sai à estrada a 18 de setembro