Manuel Pizarro vai ser empossado este sábado como ministro da Saúde, sucedendo no cargo a Marta Temido, que se demitiu a 30 de agosto último. A informação foi avançada esta tarde pelo site da Presidência da República.
“Na sequência da proposta do Primeiro-Ministro, o Presidente da República conferirá posse amanhã, sábado 10/9, ao novo Ministro da Saúde, Dr. Manuel Francisco Pizarro de Sampaio e Castro, pelas 18h00, no Palácio de Belém”, refere o breve comunicado colocado há momentos online.
O portuense de 58 anos, com longo histórico no Partido Socialista (PS), era um dos nomes mais apontados ao lugar. A cumprir o primeiro mandato como eurodeputado em Bruxelas, Manuel Pizarro é também líder da Federação Distrital do Porto do PS e já foi secretário de Estado da Saúde entre 2008 e 2011, durante os governos de José Sócrates.
É formado em Medicina, especialista em Medicina Interna e esteve ligado, entre outros projetos, ao lançamento do Centro Materno Infantil do Norte.
Foi várias vezes deputado e em 2013 foi candidato do PS à presidência da Câmara Municipal do Porto. Foi eleito, nesse ano, vereador e fez um acordo governativo pós-eleitoral com o vencedor do escrutínio, Rui Moreira. Ficou com a pasta da Habitação e Ação Social. Sairia, contudo, em rutura com o edil do Porto já na fase final do mandato. Voltou a ser eleito vereador em 2017, mas desta vez sem pelouro. O Movimento de Rui Moreira chegou, nesse ano, à maioria absoluta.
Dois anos depois, em 2019, foi eleito eurodeputado pelo PS, mantendo-se como vereador no Porto. Em 2021, e depois de um processo conturbado na escolha do candidato do PS à Câmara do Porto, Pizarro acabou por não ir “a jogo”, mantendo-se em Bruxelas. Regressa agora a Portugal para liderar a pasta da Saúde.
Fica assim afastada também a hipótese de o lugar vir a ser ocupado por outro ex-secretário de Estado da Saúde, Fernando Araújo, atual presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto, outro dos “ministeriáveis” mais citados na Imprensa desde a demissão da ministra Marta Temido.
A ex-governante, que ocupou o cargo desde outubro de 2018 até ao final de agosto último, demitiu-se por considerar “que deixou de ter condições para se manter no cargo”. Teve ontem, quinta-feira (8), a sua última aparição na condição de ministra da Saúde na sequência do Conselho de Ministros para apresentar o novo Estatuto do Serviço Nacional de Saúde. Ao futuro ministro, ainda desconhecido nessa altura, Temido desejou “a maior sorte”.