Ao fim de quatro anos de obras, os vendedores voltaram a fazer negócio no histórico Mercado do Bolhão. Às 8 da manhã desta quinta-feira, o mercado abriu-se de novo à cidade pela entrada da Rua de Fernandes Tomás. Um ambiente emotivo marcou uma manhã historicamente concorrida.

Fechado durante quatro anos para obras, a reabertura do Mercado do Bolhão era há muito ansiada pelos comerciantes. Foto: Mafalda Cunha/JPN

Entre as 08h00 e as 13h00 desta quinta-feira, passaram pelo Mercado do Bolhão 20 mil pessoas. Um número impressivo num dia que vai ficar impresso na história do centenário mercado, que reabre agora os portões depois de mais de quatro anos em obras de reabilitação. O número foi avançado pela autarquia.

A abertura do mercado fez-se de forma simbólica com o toque do sino que se encontra na entrada da Rua de Fernandes Tomás. Coube a Rui Moreira – o presidente da Câmara do Porto que se poderá gabar de ter lançado e concluído o projeto de reabilitação do mercado, cuja necessidade estava identificada desde a década de 80 – as honras de abertura, quando o relógio batia as 08h00 da manhã.

De ora em diante, será essa a hora de abertura do mercado (com o toque do sino a assinalá-la), de segunda a sábado. Muda apenas o horário de fecho: às 20h00 de segunda a sexta-feira e às 16h00 aos sábados.

Setenta e nove comerciantes regressaram à antiga casa, onde além das tradicionais bancas de frutas e legumes, de flores, de peixe e de carne, haverá também espaço para o comércio de artesanato e alguns estabelecimentos de cafetaria, entre outros. Os espaços de restauração estão ainda por abrir, o que deverá acontecer até ao final deste ano.

Entre as principais novidades do renovado mercado estão a cave logística de apoio aos comerciantes, uma ligação direta à estação de Metro do Bolhão, uma cozinha equipada para acolher showcookings numa zona do primeiro piso e um passadiço que permite circular diretamente entre as ruas Alexandre Braga e Sá da Bandeira. O investimento foi de 50 milhões de euros.

Num dia de emoções fortes, sobretudo para os comerciantes – que chegaram a ser, no passado, mais de 400 -, o JPN acompanhou a primeira manhã do resto da vida do Bolhão. O que viu e ouviu será alvo de uma reportagem que poderá ler no nosso site no início da próxima semana.