O FC Porto superiorizou-se e venceu o SC Braga sem grande contestação. Evanilson, Eustáquio, Pepê, Galeno e Pepe (autogolo) foram os autores do 4-1 final.

O Estádio do Dragão recebeu, esta sexta-feira, o jogo de maior cartaz da oitava jornada do campeonato nacional. À partida para o encontro, o FC Porto vinha de um empate diante do Estoril e tinha pela frente um invencível e motivado SC Braga, instalado na segunda posição da tabela, um lugar acima dos dragões.

Com 44 mil pessoas a formarem uma incrível atmosfera, os azuis e brancos foram incontestavelmente superiores e venceram os minhotos por uns expressivos 4-1.

Com este resultado, o FC Porto ascende ao segundo lugar em igualdade pontual com o Braga, e fica provisoriamente a dois pontos do líder SL Benfica, que se desloca, este sábado, ao reduto do Vitória SC.

Dragão implacável e dois golos de rajada

FC Porto e Braga entraram em campo com o claro objetivo de vencer, mas foram os dragões que durante toda a primeira parte se superiorizaram. Os comandados de Sérgio Conceição assumiram uma postura determinada, desde o primeiro minuto e a pressão portista encostou os minhotos ao último terço defensivo.

A equipa de Artur Jorge viu-se obrigada a baixar as suas linhas o que culminou na aposta do jogo em profundidade, com uma série de más decisões da defensiva braguista. O lance de maior perigo surgiu à passagem do minuto 21. Wendell conduziu a jogada e cruzou pelo lado esquerdo, mas já na área Evanilson não chegou a tempo e Matheus fez uma defesa in extremis.

Numa altura em que o SC Braga tentava quebrar o ritmo da formação portista, com Al Musrati a ser protagonista, a tentar acalmar e a pautar o jogo da equipa minhota, o golo do Porto surgiu. Aos 32 minutos, Taremi partiu isolado e numa jogada de insistência, o iraniano fez um cruzamento que sobrevoou a defensiva braguista e encontrou Evanilson que só teve de encostar. 

Ainda num momento de grande adrenalina, os azuis e brancos saíram em contra-ataque rápido conduzido por Taremi, que isolou e deixou Pepê cara a cara com guardião dos arsenalistas. O brasileiro serviu a bola de bandeja para Stephen Eustáquio que, um minuto depois do primeiro golo, dilatou a vantagem portista.

À passagem do minuto 44, Diogo Costa saiu da baliza, errou na comunicação com Pepe e, no seguimento, Iuri Medeiros aproveita o deslize, mas de baliza aberta rematou ao lado, numa bola que passou a rasar o poste direito. 

Na resposta, o FC Porto podia ter feito o 3-0. Após cruzamento, Taremi serviu para o coração da área, mas o remate de Bruno Costa teve uma resposta à altura de Matheus, que protegeu com uma bela defesa as portas da baliza do Braga.

Consistência foi a chave para a vitória

Na segunda metade do encontro, foi o Braga quem entrou melhor e mais pressionante. Artur Jorge retirou os amarelados Iuri e Fabiano, e um desinspirado Banza. No seu lugar, lançou Racic que veio dar mais consistência e músculo ao meio-campo minhoto. Por outro lado, Victor Gomez e Abel Ruiz trouxeram a frescura ofensiva necessária para os arsenalistas.

Aos 53 minutos, surgiu a primeira ameaça, com Ricardo Horta a rematar do meio da rua e enviar a bola ao ferro da baliza de Diogo Costa.

Contudo, dois minutos depois, Victor Gómez cruzou para o coração da área onde estava Abel Ruiz pronto a encostar. Pepe antecipou-se no corte, mas numa infelicidade introduziu a bola na própria baliza.

O Porto não se deixou ficar e, mesmo num bom momento do SC Braga, conseguiu responder com qualidade, em busca de um resultado mais confortável. 

No decorrer do minuto 63, os dragões conseguiram mesmo ampliar a vantagem. Taremi invadiu a área minhota, driblou a defensiva dos guerreiros e serviu Pepê que com frieza fez o 3-1.

Após o terceiro golo portista, os pupilos de Artur Jorge quebraram animadamente, o que levou a equipa arsenalista a abrir linhas e a expor-se mais às investidas azuis e brancas.

Aos 83 minutos, com o FC Porto por cima do jogo, Taremi isolou-se e foi derrubado por Matheus que acabou expulso. Para repor o seu lugar, entrou Tiago Sá que ainda passou algum sufoco até ao final do encontro.

Até ao final da partida, a equipa portista enviou uma bola poste, falhou de baliza aberta, mas terminou com chave de ouro. Veron rematou para defesa de Tiago Sá, mas na ressaca Galeno empurrou para o 4-1 final.

Para Conceição, a futuro promete

No final do encontro, Sérgio Conceição destacou a exibição dos seus jogadores e não deixou de realçar que esta foi uma equipa “à sua imagem”: intensa e determinada em atingir os objetivos.

O técnico ainda deixou claro que “apesar da importância dos resultados, o que guia o FC Porto é o trabalho diário”, referiu.

Em conclusão, Sérgio afirmou: “Fomos coesos a todos os níveis e, da forma como trabalhamos hoje, o futuro tende a ser mais positivo do que o passado recente.”

Um Braga aquém do habitual

Já Artur Jorge, técnico arsenalista, referiu que os dois golos sofridos no espaço de um minuto e meio foram cruciais para o rumo do jogo. Numa primeira parte em que a sua equipa esteve “longe daquilo que é habitual”, o treinador destacou a boa reação que os minhotos tiveram após o intervalo. 

Artur Jorge realçou ainda o apoio dos seus adeptos: “Queria deixar uma palavra de agradecimento aos nossos adeptos. Se caminharmos juntos, iremos vencer juntos”, afirmou.

As duas equipas preparam agora a jornada europeia. O FC Porto vai receber, na terça-feira, os alemães do Leverkusen, em jogo da liga milionária, enquanto que os minhotos recebem os belgas do St. Gilloise.

Já para o campeonato, os dragões deslocam-se a Portimão no dia 9, e os comandados de Artur Jorge recebem o GD Chaves no Municipal de Braga.

Artigo editado por Filipa Silva