Tem 19 anos, participou diretamente em 30 golos na última época de juniores ao serviço do Pedras Rubras, estudou em Ciências da Comunicação na FLUP e parte agora para o EUA para representar a equipa da Louisiana State University of Shreverport. Bernardo Pacheco é o primeiro convidado desta temporada do Quarto Árbitro.
Neste arranque da nova temporada do Quarto Árbitro, recebemos no nosso estúdio o futebolista Bernardo Pacheco. O jovem jogador, que frequentou o curso de Ciências da Comunicação na Faculdade de Letras da Universidade do Porto [que o JPN integra], partiu à aventura para jogar profissionalmente pela equipa do Louisiana State University of Shreverport nos Estados Unidos da América, depois de uma época impressionante ao serviços dos juniores do Pedras Rubras onde apontou 14 golos e 16 assistências em 35 jogos.
Numa entrevista descontraída, realizada antes da partida para os EUA, Bernardo Pacheco conversou sobre as dificuldades de mudar de país e as expectativas sobre a nova vida no novo continente. Com olhos no futuro, o jogador não esqueceu o passado e deixou críticas sobre o futebol de formação em Portugal.
“A formação dos clubes em Portugal é como nós, jogadores, muitas vezes vemos. Se não for um Ronaldo aos sete anos, não vai para um grande. Isto é muito mau. Acho que a formação portuguesa peca muito nisso. Estamos a transformar-nos em: ‘o rapaz com o melhor contacto ganha.’ Eu já vi jogadores incríveis, que olhei e pensei ‘que talento’ e não tiveram nem um mínimo da sorte que eu tive. Porque, lá está, não tiveram o contacto ou aquela ajuda e isso fez-me abrir os olhos sobre muito do que é o futebol português”.
Parte agora para o Estados Unidos com o sonho de se profissionalizar e, confessou, não tem medo deste salto: “As pessoas perguntavam: não tens medo de sair de Portugal? Não, não tenho. A partir do momento em que procuras o que queres vais contra tudo e as pessoas que aparecem nesta caminhada são passagem. Tu és a personagem principal da tua história. Quando é hora de procurar o sucesso e aquilo que nos define, há que sacrificar.”
Neste episódio do Quarto Árbitro podemos escutar também a rubrica “Olheiro” em que Tomás de Almeida Moreira fala sobre Martim Tavares, o prodígio de 18 anos que já se estreou pela equipa sénior do Boavista.
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Este programa tem a parceria da Engenharia Rádio