Designer espanhola coloriu o Mosteiro de São Bento da Vitória, um dos locais por onde passaram os desfiles do Portugal Fashion, esta quarta-feira. A sueca Lisa Ivarsson venceu o concurso Rebelpin Fashion Awards, integrado no Bloom.

Agatha Ruiz de La Prada foi a figura da noite no primeiro dia de Portugal Fashion. Foto: Beatriz Basto

Se o prelúdio do Portugal Fashion foi cinzento, à sombra das notícias que dão conta da incerteza que paira sobre o futuro do certame, a cor acabou por ser a principal marca do primeiro dia de desfiles, esta quarta-feira (12), no Mosteiro de São Bento da Vitória. A grande responsável foi Agatha Ruiz de La Prada, convidada deste ano do programa Made in Portugal.

Foi com selo de produção de portuguesa e o estilo peculiar e colorido que caracteriza as suas criações, que a designer espanhola encerrou o primeiro dia do evento. A designer provou mais uma vez que é possível ser elegante, com um estilo de roupa confortável e utilitário. Na coleção, a criadora utilizou materiais reciclados, como plástico, poliéster e, até mesmo, algas marinhas.

Horas antes da apresentação da designer espanhola, e no mesmo local, foi o concurso Rebelpin Fashion Awards, a cativar atenções. Com o mote “Genderless, Anywhere, Anytime”, o concurso teve como objetivo promover a indústria têxtil tradicional do país de origem de cada um dos participantes, além de reconhecer jovens criadores europeus.

Dos dez finalistas que apresentaram as suas coleções no Portugal Fashion, foram escolhidos dois vencedores: um por voto do público e outro por um júri selecionado pela organização.

Marta Costa, que apresentou uma coleção baseada em elementos da sua infância, foi a vencedora escolhida pelo público. A vencedora do júri foi a sueca Lisa Ivarsson, que procurou trazer um vestuário funcional e que pudesse ser utilizado em diferentes ocasiões. “Só fazer parte disto tem sido incrível. Não estava à espera de ganhar”, confessou a jovem ao JPN à margem do desfile. Com a sua “Shade Collection”, a ideia foi “trazer a beleza da natureza para a cidade”, disse ainda.

Na passerelle deste primeiro dia, teve ainda espaço Maria Carlos Baptista, vencedora do concurso Bloom em 2020, o espaço que o evento dedica aos jovens criadores saídos das escolas de moda. A designer veio agora apresentar ao Portugal Fashion a sua coleção “DROP_001”, isto depois de já ter participado na Semana da Moda de Paris.

Num ano de aposta na descentralização dos desfiles, o Portugal Fashion passou, logo no primeiro dia, por vários locais da cidade do Porto, além do Mosteiro de São Bento da Vitória, que encheu e teve filas de pessoas à porta à espera para entrar.

O dia começou no Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto, com um desfile das criações de Carolina Sobral. No mesmo local, já ao início da tarde, Katty Xiomara apresentou um desfile no qual se debruçou sobre a palavra propaganda.

Pelo Passeio dos Clérigos, desfilaram os modelos vestidos pelo etíope Fozia Endrias, jovem criador convidado a integrar o Bloom ao abrigo do programa CANEX. Mais tarde, já no Mosteiro de São Bento da Vitória, foi a vez de Larry Jay, do Gana, apresentar a sua coleção unissexo.

Da história do dia fez ainda parte Maria Gambina, que celebra este ano 30 anos de carreira e que levou ao Passeio dos Clérigos um desfile colorido, divertido e urbano.

O Portugal Fashion prossegue no Porto até sábado, dia 15.

Artigo editado por Filipa Silva