O FC Porto superiorizou-se em casa do Boavista, ganhando por 1-4. Marcano abriu o marcador aos 41’. O jogo contou ainda com um 'bis' de Galeno e um golo de Eustáquio do lado da equipa portista. Pelas panteras, marcou Gorré num lance infeliz para o guardião portista, Diogo Costa.

Galeno bisou na partida. Foto: Peter Glaser/Unsplash

O FC Porto venceu o Boavista, este sábado, no Estádio do Bessa, com um resultado folgado (1-4) construído essencialmente na segunda parte. O encontro foi dominado por inteiro pelos dragões.

Em jogo a contar para a jornada 13 do campeonato, o FC Porto manteve a distância para o líder Benfica (que venceu o Gil Vicente por 3-1) e assegurou o segundo lugar antes da pausa da Liga para o mundial do Catar.

Um jogo também marcado pela ausência de Sérgio Conceição – castigado na sequência da sua expulsão frente ao Mafra, em jogo a meio da semana a contar para a quarta eliminatória da Taça de Portugal – que assistiu ao encontro da bancada.

A noite foi de Marcano, Eustáquio e Galeno, que asseguraram a vitória dos dragões. O primeiro abriu o marcador aos 41 minutos. Já Eustáquio (64′) e Galeno por duas ocasiões (83′ e 90+2′) fecharam o resultado para o lado dos azuis e brancos. O golo de honra dos axadrezados surgiu também já nos descontos, na sequência de um livre marcado por Gorré, com a bola a bater na barra e nas costas de Diogo Costa antes de entrar na baliza.

Do lado da equipa portista, Sérgio Conceição optou por jogar em 4-4-2, com Pepe e David Carmo no banco. Petit respondeu com uma tática mais defensiva, 3-4-3. 

Na equipa principal portista, o treinador retirou Cláudio Ramos, Danny Namaso, João Mário e Marko Grujic, substituindo-os por Diogo Costa, Medhi Taremi, Pepê e Uribe, comparativamente com a partida frente ao Mafra.

No onze inicial do Boavista houve apenas uma alteração relativamente ao jogo anterior com o Rio Ave: Gaius Makouta ocupou o lugar do médio Sebastián Perez, que por motivos físicos não pôde participar no jogo.  

Após este resultado, os dragões garantem nesta jornada a permanência no segundo lugar, com 29 pontos. Por outro lado, o Boavista desceu uma posição para o 11.º lugar da tabela, com 17 pontos.

Dragão impôs-se desde o início

Nos dez primeiros minutos de jogo, a pressão azul e branca imperou dentro das quatro linhas, com os portistas a dominarem claramente o adversário. Contudo, apesar das várias oportunidades perigosas de golo, a vantagem demorou a chegar.

Aos 24 minutos, Reggie Cannon viu o primeiro amarelo por uma falta sobre Galeno no limite da área, mas o forte remate batido por Eustáquio fez a bola passar por cima da baliza. Alguns minutos depois, Medhi Taremi tentou dar o melhor seguimento ao cruzamento de Otávio, mas não teve sucesso.

Foi apenas perto do intervalo que o FC Porto se superiorizou frente ao rival. Num canto de Otávio, Evanilson desviou de cabeça ao primeiro poste e Marcano apareceu no coração da área a encostar com o pé esquerdo para o primeiro golo da noite.

No tempo de compensação, num lance entre Evanilson e Bruno Onyemaechi, o jogador portista ficou maltratado, precisando de apoio médico no relvado, o que o levou a não comparecer na segunda parte do encontro.  

Vantagem dilatada, vitória confirmada

Já na segunda parte, aos 56 minutos da partida, Reggie Cannon recebe o segundo amarelo do jogo, após cometer nova falta sobre Galeno, o que lhe valeu a expulsão. Desta forma, o Boavista viu-se reduzido a dez jogadores.  

Pouco tempo depois, Mehdi Taremi bateu um livre, mas a bola, desviada na barreira, saiu para canto. Wendell encarregou-se da concretização, Yusupha cortou ao primeiro poste, porém, a bola sobrou para o remate rasteiro de Taremi, à figura do guarda-redes.

Aos 64 minutos, na sequência de um canto, Galeno faz a bola chegar aos pés de Otávio. Este picou a bola para o interior da área, onde Taremi assistiu de cabeça Eustáquio. O canadiano atirou de primeira, em jeito, para o segundo poste e fez o 0-2.

Aos 75 minutos, ocorreu a oportunidade perfeita para o Boavista tentar reduzir a vantagem. Bozenik arriscou o remate de longe, mas a bomba acertou em cheio no ferro da baliza portista.

Mais tarde, um passe longo de Otávio a partir do meio-campo encontrou Galeno, que, isolado na grande área das panteras, marcou o terceiro golo do FC Porto na partida. Foi a confirmação da vitória com a correspondente festa portista nas bancadas.

Já no tempo de compensação, Gorré bateu um livre do qual resultaria o golo de honra dos axadrezados. Após passar a barreira portista, a bola foi ao poste e bateu nas costas de Diogo Costa, acabando por entrar nas redes azuis e brancas. Foi a vez dos adeptos boavisteiros festejarem.

Logo a seguir, aos 90+2 minutos, Galeno concluiu o seu ‘bis’, marcando o quarto golo do FC Porto, resultado que perdurou no marcador até ao apito final.

Com este resultado os dragões somam a quarta vitória consecutiva. Já o Boavista deu continuidade à série de resultados negativos: os axadrezados não vencem desde a sétima jornada, realizada a 17 de setembro, quando derrotaram em casa o Sporting.

Petit: “Foi uma vitória justa para o FC Porto”

Na conferência de imprensa, o treinador do Boavista destacou que “o FC Porto é uma equipa forte no jogo aéreo” e “que não concede muitas oportunidades de golo às equipas adversárias”. O técnico admitiu que foi um jogo complicado para a sua equipa, a qual não conseguiu criar muitas situações de perigo junto à baliza azul e branca. “Na segunda parte”, acrescentou, o Boavista “teve mais personalidade”, mas o jogo “tornou-se muito mais difícil com a saída do Reggie [Cannon, por expulsão]”.

“O Porto faz o 3-0, nós fazemos o 3-1, depois não podemos é sofrer aos 90… Já com o Vizela tínhamos feito o primeiro golo e, logo passado um minuto, sofremos. Isso são detalhes que fazem a diferença. É uma vitória justa do FC Porto”, concluiu Petit.

Sérgio Conceição: “Os jogadores estão de parabéns, têm tido uma evolução fantástica”

Conceição viu o jogo da bancada, mas isso não foi problema: “Lá de cima, vejo mais defeitos ainda”, afirmou aos jornalistas. Para o treinador do FC Porto “foi uma vitória justíssima” para os dragões. “Nos primeiros 15 minutos, tivemos ali uma ou outra situação que podíamos ter concluído melhor, também podíamos ter definido melhor [o jogo] no último terço”, mas os “os jogadores estão de parabéns, têm tido uma evolução fantástica”, referiu Conceição aos jornalistas.

Com a paragem do campeonato, o técnico apontou baterias aos próximos desafios do FC Porto: “olhar para a equipa, há trabalho coletivo a fazer, há trabalho individual, há a observação clara dos jogadores da equipa B, por isso, vamos continuar a trabalhar”. Um objetivo é claro: “ganhar a Taça da Liga”, troféu que o FC Porto nunca venceu.

No calendário do Boavista segue-se o confronto com o B-SAD para a Taça da Liga na próxima sexta-feira, 18 de novembro, pelas 20h30. Enquanto que o FC Porto vai receber, no âmbito da mesma competição, o Mafra, no dia 25 de novembro, às 20h45. Quanto à Liga Bwin, está de volta a 28 de dezembro, dez dias depois da conclusão do Mundial do Catar.

Artigo editado por Filipa Silva