A Walking Arts Map está integrada nas celebrações dos 35 anos do programa Erasmus. O objetivo é propor percursos que ajudam os visitantes do Porto a conhecer a arte criada por ex-alunos e professores da faculdade, pelas ruas da cidade. Para ajudar a encontrar as obras, foi criado um mapa interativo.

A exposição Walking Arts Map foi criada no âmbito dos 35 anos do programa Erasmus. Foto: Fernando Costa

É entre o Pavilhão de Exposições da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP) e as ruas do Porto que se distribuem as obras que integram a Walking Arts Map. A exposição inaugurada a 26 de outubro foi organizada pelo Museu e Gabinete de Exposições da FBAUP.

A partir de objetos da coleção da FBAUP patentes no Pavilhão de Exposições, sugerem-se seis percursos que permitem conhecer trabalhos de antigos professores e estudantes da Faculdade, espalhados pelo espaço público da cidade do Porto. Para auxiliar a procura, foi desenvolvido um mapa interativo online, que permite localizar cada uma das obras.

“Integra essas duas vertentes: uma exposição numa sala com objetos e uma experiência na cidade onde existem obras de arte em que não reparamos, mas estão lá sempre. Acabam por se confundir com aquilo que está à nossa volta”, descreve Lúcia Almeida Matos, diretora da FBAUP e coordenadora do projeto, ao JPN.

No Pavilhão de Exposições, as obras estão distribuídas por áreas geográficas do Porto – Baixa, Baixa-Antas, Campanhã-Batalha, Ribeira, Gaia e Boavista – e acompanhadas por um QRCode que dá acesso à informação sobre o que está exposto e indicações sobre o autor.

Segundo Lúcia Almeida Matos, na definição dos vários percursos houve a preocupação de garantir a acessibilidade geral. “A ideia é poder-se fazer autonomamente, a pé ou, quanto muito, meterem-se no metro para irem para um dos percursos que possa ser um bocadinho mais longe”, explicou a professora. As obras integradas em cada percurso foram escolhidas com o cuidado de serem “relacionáveis”, seja por autor, seja por características formais ou de materiais.

Ao longo dos vários percursos, estão contempladas obras tão presentes na cidade do Porto, que acabam ou por passar despercebidas, ou por não serem pensadas como obras de arte, como defende Lúcia Almeida Matos.

O Monumento ao Rei D.Pedro V, da autoria de José Joaquim Teixeira Lopes na Praça da Batalha, o cubo de José Rodrigues, na Ribeira ou o Monumento aos Heróis da Guerra Peninsular de António Alves de Sousa, no centro da Rotunda da Boavista, são algumas das obras que protagonizam os vários percursos sugeridos pelo Walking Arts Map.

A exposição termina a 14 de janeiro de 2023, mas a intenção de continuar com o projeto, depois da primeira edição, é clara. “Foi um ensaio, uma primeira proposta numa escala reduzida. A ideia é partir deste primeiro passo e expandir. Ir completando essa ligação das obras na coleção com aquilo que existe na cidade. Depois, passar da cidade para o país e para o mundo”, afirma Lúcia Almeida Matos. 

Partindo dos objetos dispostos no Pavilhão de Exposições da FBAUP, são sugeridos percursos de arte pela cidade Foto: Fernando Costa

O projeto Walking Arts Map está integrado nas comemorações dos 35 anos do programa Erasmus, mas a exposição está aberta ao público. A entrada no Pavilhão de Exposições da FBAUP é gratuita e a exposição pode ser visitada entre as 10h00 e as 18h00 de terça a sábado. Segunda-feira à tarde e domingo, o pavilhão está fechado. De segunda a sexta de manhã, a visita carece de marcação prévia através de e-mail