Fachada da Câmara do Porto e árvore de natal ficam às escuras a partir das 18h desta quarta-feira (21). Campanha de angariação de fundos pretende adquirir mil geradores para manter hospitais em funcionamento na Ucrânia.

Câmara Municipal do Porto com árvore de natal instalada nos Aliados. Foto: Gabriella Garrido

A iluminação do edifício dos Paços do Concelho e a árvore de natal situada na Avenida dos Aliados, em frente à edilidade, vão apagar-se esta quarta-feira (21), entre as 18h e as 18h30, em solidariedade com o povo ucraniano. 

O Porto junta-se assim ao movimento #LightUpUkraine, que pretende unir a comunidade internacional em torno da causa ucraniana, respondendo afirmativamente ao apelo deixado por Zelensky: “Precisamos do vosso apoio. Por todos os médicos forçados a operar no escuro. Por todos os pais e mães que fazem o possível para dar às suas famílias o que precisam, mesmo no escuro. Por todos os ucranianos que acreditam na liberdade, apesar da escuridão”.

Nas últimas semanas, a Federação Russa tem atingindo reiteradamente as infraestruturas básicas do país, deixando parcialmente destruído o sistema de abastecimento de energia elétrica necessário para a iluminação e aquecimento. O pico do inverno, conjugado com as falhas de fornecimento de energia, “têm tido um impacto devastador na vida da população civil” e deixam a população vulnerável a situações de fome e doença, sobretudo “pessoas com deficiência, idosos e pessoas com rendimentos mais baixos”, denuncia a Amnistia Internacional, numa nota de imprensa.

Os organizadores esperam que diversas cidades espalhadas pelo mundo adiram ao movimento, deixando às escuras a partir das 18h portuguesas (20h em Kiev) edifícios icónicos como o arco do Estádio de Wembley, em Londes o Coliseu de Roma ou a Casa da Ópera de Sidney, na Austrália.

Paralelamente, está a ser desenvolvida uma campanha de angariação de fundos, pela United 24, com o objetivo de adquirir mil geradores que possam servir os hospitais do País, sempre que a rede elétrica for atingida pelos ataques russos.

Artigo editado por Fernando Costa