“Farm Fatale” é uma peça distópica criada pelo francês Philippe Quesne, com a produção do Vivarium Studio (projeto do encenador, nascido em 2003 enquanto laboratório de inovação teatral). Com dramaturgia de Camille Louis e Martin Valdés-Stauber, chega ao Teatro Rivoli esta sexta-feira (10), às 19h30, e fica até sábado (11) no mesmo horário.

A ação desenrola-se num futuro pós-apocalíptico, onde espantalhos perderam os seus empregos devido à extinção dos pássaros – uma consequência das mudanças climáticas. Reúnem-se, então, nesta espécie de comunidade isolada, afastando-se de um capitalismo que destrói florestas, terras e oceanos.

Cinco espantalhos que são, simultaneamente, poetas e ativistas, criam uma rádio independente e lançam palavras de ordem, anti-produtividade e anti-capitalistas“, explica a co-diretora do Teatro Municipal do Porto, Cristina Planas Leitão, em declarações partilhadas com o JPN.

Numa dinâmica de fantoche-humano, o palco é tomado pelas personagens. Contra um fundo branco, é encarnada a ambiência de uma quinta, recorrendo à ajuda de fardos de palha, porcos de resina e outros elementos referentes ao campo.

Desta forma, fundindo intervenção e comédia, apelam à valorização da natureza, entoando uma mensagem de ecologia e urgência. “Tem uma cinegrafia densa mas, simultaneamente, simples”, completa a co-diretora.

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Não é a primeira vez que Philippe Quesne se apresenta na cidade Invicta: em 2015 trouxe “Swamp Club”, seguido de “Mélancolie des Dragons”, em 2018, e “Crash Park, la vie d’une île”, em 2019, no Teatro Rivoli.

Os bilhetes para o mais recente espetáculo têm o valor de 12 euros e estão à venda nas bilheteiras do Teatro Rivoli, do Teatro Campo Alegre e online.

Artigo editado por Ângela Rodrigues Pereira