Depois de uma 1.ª fase de reabilitação, concluída em 2020, o Estádio Universitário do Porto vai acolher uma nova bancada e novos edifícios de apoio. O custo da reabilitação (no conjunto das diversas fases) é superior a quatro milhões de euros, inteiramente suportados pela Universidade do Porto. Ao JPN, Joana Carvalho, vice-reitora da UP, e Bruno Almeida, diretor do CDUP, falam da importância destas obras, dos custos do investimento e da necessidade de maior apoio governamental.

Vista aérea do estádio do CDUP

Investimento no estádio do CDUP ascende a 4,7 milhões de euros. Foto: Universidade do Porto

O Estádio Universitário do Porto (EUP) está em obras até dezembro de 2023. Esta 2.ª fase do processo de reabilitação da unidade desportiva situada no Campo Alegre conta com um investimento de 2,5 milhões de euros, assegurados por inteiro pela Universidade do Porto (UP).

O projeto consiste na renovação das bancadas e construção de dois novos edifícios nas laterais. Um deles dará lugar à nova sede do CDUP, entidade que deixa as suas instalações atuais, na Rua da Boa Hora. Na antiga sede nascerá uma residência estudantil, ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência.

As bancadas vão também passar a integrar novos balneários para os atletas. Até ao momento, as obras não prejudicaram as atividades desportivas no EUP porque os balneários funcionam, provisoriamente, em contentores.

A planta do projeto de construção de 2.ª está já definida. Foto: Universidade do Porto

O Estádio Universitário do Porto existe desde os anos 60, mas tem vindo a sofrer melhorias para servir os desportistas e os estudantes académicos. Na 1.ª fase de reabilitação, em 2020, o CDUP fez melhoramentos na parte exterior, com a construção, nomeadamente, de parques de estacionamento e com a aplicação de um relvado sintético com certificado da FIFA e da World Rugby.

Estas primeiras obras de reabilitação tiveram um custo de 2,2 milhões de euros, também totalmente suportado pela UP. Isto significa que, no total, os custos da intervenção atingem os 4,7 milhões de euros.

Contudo, o projeto não fica por aqui. Em declarações ao JPN, Joana Carvalho, vice-reitora da UP, garante que “são esperadas mais fases de construção”, que podem passar pela criação de campos de padel e um novo espaço de fitness. Para a sua concretização, porém, o apoio do governo pode ser determinante, “tal como aconteceu nos estádios universitários de Coimbra e Lisboa”.

A vice-reitora pede também a colaboração da Câmara Municipal do Porto na construção de novos acessos e de nova iluminação no estádio, de modo “a tornar o espaço mais seguro e apto para atrair mais praticantes”.

Bruno Almeida, diretor do CDUP, afirma, ao JPN, que a principal preocupação é “oferecer boas condições para a prática desportiva”. O diretor também garante que a aposta na “junção do percurso académico e da performance desportiva” é um dos focos da UP e do CDUP.

O EUP tem mais de 10 mil inscritos e conta com 186 mil utilizações anuais. As modalidades praticadas vão desde o rugby ao futebol. Diversos clubes utilizam o espaço para treinar.

[Artigo atualizado a 10 de março, às 15h55m. As designações “Estádio do CDUP” e “estádio universitário” foram substituídas por “Estádio Universitário do Porto”. O número de utilizações anuais foi corrigido para “186 mil”.]

Artigo editado por Miguel Marques Ribeiro