Às medalhas obtidas por Pedro Pichardo, Auriol Dongmo e Patrícia Mamona juntam-se prestações de grande nível de outros atletas da equipa nacional. Portugal foi o 6º melhor entre países, mas Federação sublinha a necessidade de melhorar as condições para a prática da modalidade.

Pedro Pichardo a saltar numa prova de atletismo

Pedro Pichardo arrecadou a medalha de ouro no triplo salto. Foto: Zenfolio - Erki Pictures/ Wikimediacommons

Portugal foi o sexto país com melhores resultados no Campeonato de pista coberta, que decorreu no passado fim-de-semana (4 e 5), em Istambul. Numa competição que reuniu 47 países, apenas a Noruega, os Países Baixos, a Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, a Itália e a Bélgica conseguiram superar a prestação do comité português. No triplo salto, Pedro Pablo Pichardo e Patrícia Mamona conseguem as medalhas de ouro e bronze, respetivamente. No lançamento de peso, é Auriol Dongmo que nos traz a medalha de ouro.

O atual campeão olímpico, europeu e mundial, Pedro Pichardo, conseguiu a marca dos 17,26 metros no primeiro salto e subiu a fasquia para os 17,60 metros, no segundo. O atleta bateu, assim, o recorde português, ultrapassando as marcas de Nelson Évora que lhe valeram o ouro em 2015 e 2017 (com marcas de 17,21 e 17,20 metros, respetivamente). Ainda no triplo salto, Patrícia Mamona atingiu os 14,16 metros à primeira tentativa. Esta marca garantiu-lhe o bronze, ficando a quatro centímetros do segundo lugar.

O Campeonato Europeu de Pista Coberta 2023 teve lugar nos dias 4 e 5 em Istambul. Foto: Sportmedia.es/FPA

No lançamento de peso, Auriol Dongmo, consagrada campeã do mundo em 2022, começou em grande, alcançando os 19,63 metros. Num segundo lançamento, a atleta superou-se com a marca de 19,76 metros. Contudo, de acordo com o site da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA), a atleta confessou o nervosismo aquando da prova devido à “grande responsabilidade” que tinha em mãos. Dongmo referiu, ainda, que o seu objetivo passa por alcançar os 20 metros.

Ainda na modalidade do lançamento de peso, Jessica Inchude garantiu o quarto lugar com os seus 18,33 metros, ficando a 7 centímetros do bronze. Apesar de não ter chegado ao pódio, a atleta garantiu estar feliz com o seu desempenho, considerando o quarto lugar uma “grande vitória”.

Nos 60 metros femininos, também Arialis Martinez ficou radiante com o quinto lugar alcançado na final. A atleta obteve a marca de 7,17 segundos, igualando o recorde português, conseguido em 2022 por Lorene Bazolo. Na mesma modalidade, a velocista Rosalina conseguiu a quinta posição na primeira meia-final com 7,35 segundos. Na segunda meia-final, Lorene Bazolo ficou em sétimo lugar com uma prova de 7,34 segundos. No salto em comprimento, Elisa Veiga alcançou o oitavo posto, com 6,53 metros – melhor resultado de atletas portugueses em europeus de pista coberta até aso momento – ficando próxima do seu recorde pessoal (6,58) e obtendo a melhor .

 
 
 
 
 
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No masculino, João Coelho foi o quinto classificado, com 46,69 segundos, na meia-final dos 400 metros. Em declarações à FPA, o velocista lamenta o facto de não haver pista indoor em Portugal para treinos diários, o que faz com que não tenham a mesma preparação que os adversários. Na modalidade de salto em altura, Gerson Baldé consegue os 2,14 metros e partilhou o nono lugar com mais três atletas. Também Tiago Pereira, no triplo salto, falhou o pódio. Com a marca de 16,51 metros, ficou a seis centímetros da medalha de bronze.

À FPA, José Santos, o diretor técnico nacional da Federação, confessou estar “muito satisfeito” e sublinhou que esta foi a “melhor participação de sempre do nosso atletismo em Europeus em pista coberta”. O diretor aproveitou a ocasião para relembrar o facto de “não sermos dos países com melhores condições”, frisando a falta de uma pista coberta na capital portuguesa.

Artigo editado por Miguel Marques Ribeiro