No “The Global Gender Gap Report” relativo a 2022, feito pelo World Economic Forum, Portugal encontra-se na 29.ª posição do ranking global para a igualdade de género. O estudo engloba 146 países e os primeiros lugares são ocupados, respetivamente, pela Islândia, Finlândia e Noruega.
O relatório retrata as disparidades através da avaliação de quatro indicadores: participação económica e oportunidades; nível de escolaridade; saúde e fecundidade e empoderamento político. Além de incidir sobre as diferenças salarias, conta com outros fatores como a percentagem de mulheres em conselhos administrativos, a prevalência de crimes motivados por género ou a comparação na duração de licenças parentais entre homens e mulheres.
Em 2022, Portugal ficou seis posições abaixo em relação ao ano anterior. Dados do estudo revelam que, dentro dos países integrantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), o GPG (Gender Pay Gap, ou, traduzindo, o intervalo salarial entre géneros) português é de 11,72%.
De acordo com o relatório, são precisos 182 anos para acabar com a disparidade de género de uma forma global considerando a evolução atual e os fatores analisados no documento. Regista-se, porém, uma redução de 4 anos na previsão, desde o ano passado. Segundo a avaliação regional, estima-se que a Europa deve ser alcançar a igualdade em 2082.
O relatório conclui também que, a nível mundial, mulheres ocupam 33% dos cargos de liderança nos setores público e privado. As principais áreas lideradas por mulheres são nas organizações não-governamentais, na educação, em serviços pessoais e de bem-estar e cuidados de saúde. Por sua vez, as indústrias com menor percentagem são as de transporte e cadeia de suprimentos, energia, manufatura e infraestrutura.
Artigo editado por Ângela Rodrigues Pereira