Com a chegada da primavera, chega também a Volta ao Alentejo Crédito Agrícola. A edição deste ano comemora 40 anos da prova desportiva mais importante da região. A competição arranca amanhã (quarta-feira) e decorre até domingo (26).
A par do clima quente e seco, a zona do interior é caracterizada pela beleza paisagística das planícies, que distinguem a prova alentejana das restantes competições de ciclismo nacionais. O diretor da competição, Joaquim Gomes, diz que, este ano, “vai ser uma alentejana muito versátil”.
A partida é dada em Beja e segue em direção a Ourique. Depois, na segunda etapa, o percurso vai de Castro Verde a Grândola e, no terceiro dia, de Vendas Novas a Estremoz, quando é percorrida a distância mais longa desta edição – 191,4 quilómetros.
A quarta etapa sai do Crato para Castelo de Vide, onde, além das habituais planícies do Alentejo, “os últimos 100 quilómetros vão estar recheados de montanha”, refere o diretor da prova. “Vai ser um quebra-pernas brutal até ao final, onde teremos uma chegada em pequenos grupos, que vai cimentar a classificação geral individual”, acrescenta o responsável. Por último, a prova encerra com o trajeto de Monforte à Praça do Giraldo, no centro histórico da cidade de Évora.
As quatro décadas da competição, em que a Volta ao Alentejo adquiriu o estatuto de uma das mais importantes rotas de ciclismo em Portugal, vão ser assinaladas por uma exposição fotográfica. As imagens em exibição vão acompanhar o início e o fim da prova, para ilustrar alguns dos vencedores de edições transatas, desde 1983, bem como figuras ilustres, que contribuíram para a histórica Volta ao Alentejo.
No último ano, o vencedor da Volta ao Alentejo Crédito Agrícola foi o venezuelano Orluis Aular. Este ano a competição promete ser desafiante até ao último minuto: “Temos um bom patamar de equilíbrio entre os chamados corredores mais rápidos e os trepadores para que, até ao fim, seja levada a incógnita sobre o vencedor”, afirma o diretor.
Artigo editado por Miguel Marques Ribeiro