A “maioridade” da Casa da Música vai ser assinalada por uma programação especial. Pelos 18 anos de vida, assinalam-se 18 eventos, a decorrer entre os dias 14 a 29 de abril.

António Jorge Pacheco, diretor artístico e de educação da Casa da Música, afirma que mesmo sonhando sempre alto, não imaginaria o que “conseguiria vir a concretizar ao longo deste tempo” na instituição. Ao anunciar a lista de espetáculos, na passada quinta-feira (30), destacou como grandes novidades a vinda da banda alemã Tangerina Dream (dia 26), e um DJ set com nomes de referência da música de dança e do jazz, dividido em duas partes (dias 14 e 15), intitulado de “Um Elétrico Chamado 18″. 

A sequência de espetáculos arranca, porém, com a atuação da Orquestra Sinfónica da Casa da Música, dia 14, em homenagem ao maestro Leopald Hager, que se afasta dos palcos este ano. Soma-se ainda a atuação de DJ Branko, num concerto café.

Entre a programação, assinala-se igualmente a atuação da Orquestra Jazz de Matosinhos, dia 15, e, no mesmo dia Azar Azar e Da Chick passam pelo café-concerto. Destaca-se ainda mais uma atuação da Sinfónica, dia 28.

Com o marco, a instituição vai também promover iniciativas para se mostrar à cidade. Pela primeira vez, a partir de agosto, o público vai ter a oportunidade de “assaltar o armazém” da instituição e aceder a material de arquivo que ilustra a memória gráfica dos seus 18 anos de história. Além dissoa Casa da Música vai oferecer 60 bilhetes por concerto a jovens nascidos em 2005, ano em que a instituição abriu portas.

A conferência de imprensa da apresentação do programa serviu também para Rui Amorim de Sousa, presidente da administração da Casa da Música, fazer uma retrospetiva histórica. Apesar de a instituição ser um “projeto artístico único”, o presidente relembra que não escapou a momentos de aflição com a crise, pandemia e da guessa: “não foi tudo um caminho de rosas”.

A nível quantitativo, o Rui Amorim de Sousa afirma que, em 2022, “perto de 130 mil espectadores assistiram a 254 concertos – 112 dos quais de música erudita”. Acrescenta ainda que são números que representam “um belíssimo reconhecimento de quem vem à Casa da Música”.

Desde que abriu portas, a Casa da música já recebeu três milhões e meio de visitantes e foi anfitriã de mais de 5 mil concertos. Para além disso, encomendou 260 peças novas (146 a artistas portugueses) e realizou a estreia mundial de 30. Mais ainda, acolheu 32 artistas e compositores em residências ou associações, trabalhou com 4500 músicos, 1800 maestros e solistas convidados, e realizou 164 concertos fora de portas – em mais de 60 cidades de 17 países.

Artigo editado por Ângela Rodrigues Pereira