A candidatura de Portugal, Espanha e Marrocos para a organização do Mundial’2030 ganhou mais força graças às declarações do presidente da Confederação Africana de Futebol. A proposta conta com o apoio de várias federações da CAF e pode sair vencedora nas eleições de 2024.

O organizador do Mundial de 2030 irá ser conhecido me 2024. Foto: Fauzan Saari/ Unsplash

A candidatura ibérica para a organização do Mundial de 2030 já tinha ganho força com a junção de Marrocos aos já presentes Portugal e Espanha. Contudo, a proposta aparenta ter dado um grande passo para ser a eleita pela FIFA, muito por conta das declarações de Patrice Motsepe, presidente da Confederação Africana de Futebol (CAF), esta quinta-feira (13).

Ao canal sul-africano SABC Sport, Patrice Motsepe referiu que o comité executivo da CAF está “absolutamente satisfeito” pelo facto de haver uma necessidade de empenho conjunto. O presidente da CAF afirmou ainda que a decisão tomada é a “certa para estar do lado de Marrocos”.

Com a junção das 54 federações africanas aos 55 votos previstos das federações europeias, a candidatura tripartida ganharia uma grande força e vantagem em relação às restantes. Seriam assim, pelo menos, 109 votos entre 211 federações da FIFA.

Ainda se equacionou a integração da Ucrânia nesta proposta de organização – mas, atualmente, a hipótese parece estar mais distante e à partida já não irá acontecer.

O projeto inicial, ainda só com Portugal e Espanha no “papel”, iria contar com 11 estádios espanhóis e apenas três portugueses. A Real Federação Espanhola de Futebol ainda selecionou uma lista de 15 estádios, dos quais apenas 11 podem ser escolhidos.

Estádios propostos por Espanha:

Balaídos (Celta de Vigo, Vigo); Riazor (Desportivo da Corunha, Corunha); El Molinón (Sporting de Gijón, Gijón); San Mamés (Athletic Bilbau, Bilbau); Anoeta (Real Sociedad, San Sebastián); Romareada (Saragoça, Saragoça); Camp Nou (Barcelona, Barcelona); RCDE (Espanhol, Cornellá-El Prat); Santiago Bernabéu (Real Madrid, Madrid); Wanda Metropolitano (Atlético de Madrid, Madrid); Mestalla (Valência, Valência); Nueva Condomina (Múrcia, Múrcia); La Cartuja (Sevilha-Santiponce); La Rosaleda (Málaga, Málaga) e Gran Canaria (UD Las Palmas, Las Palmas de Gran Canaria).

 

Já Portugal só poderá selecionar três, um a norte e dois a sul: Estádio do Dragão (FC Porto), Estádio da Luz (SL Benfica) e Estádio José Alvalade (Sporting CP). Estes são os únicos elegíveis pois, segundo a FIFA, deverão ter uma capacidade mínima de 40 mil lugares.

A FIFA exige, segundo os seus regulamentos, que os estádios que sejam palco das meias-finais tenham um mínimo de 60 mil lugares e o da final uma lotação para 80 mil. Segundo estas regras, em Portugal apenas o Estádio da Luz poderia receber um dos jogos das meias-finais, sendo que a final passaria obrigatoriamente para Espanha no Santiago Bernabéu (81 mil lugares) ou no Camp Nou (99 mil).

A proposta vencedora para a organização do Mundial’2030 é conhecida no próximo ano, em 2024. Além de Portugal, Espanha e Marrocos, existem as candidaturas de Uruguai/Argentina/Chile/Paraguai e Egito/Grécia/Arábia Saudita.

Artigo editado por Ângela Rodrigues Pereira