Na manhã de segunda-feira, Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, e Cristina Pimentel, presidente do Conselho de Administração da STCP, firmaram a escritura de compra e venda dos terrenos da antiga estação de recolha da STCP, em São Roque. A aquisição é parte da estratégia de regeneração de Campanhã.
Assinatura da escritura entre a CMP e STCP. Foto: Guilherme Costa Oliveira/CM Porto
A Câmara Municipal do Porto (CMP) comprou os terrenos da antiga estação de recolha da STCP, situada em São Roque da Lameira, próxima do antigo Matadouro municipal. A escritura de compra e venda dos terrenos foi assinada na última segunda-feira (13).
Com 45.535 metros quadrados – o equivalente a 4,5 campos de futebol – e 17 edifícios, o espaço é, de acordo com a autarquia, “um novo ativo fundamental” na perspetiva da “estratégia de regeneração de Campanhã”.
A CMP promete transformar o espaço num “polo multifuncional, com habitação, comércio e serviços, que permitirá introduzir novas dinâmicas urbanísticas e socioeconómicas em Campanhã, com vista à coesão territorial e social da cidade e ao seu desenvolvimento harmonioso”, lê-se na nota de imprensa enviada às redações.
Com 4,5 hectares, este antigo estaleiro da STCP é ainda maior que o antigo Matadouro e está, por isso, identificado no Plano Estratégico de Reabilitação Urbana (PERU) da Corujeira como uma das três “grandes propriedades” daquela Área de Reabilitação Urbana. As outras são, respetivamente, os terrenos da Antiga Fábrica do Cobre e os terrenos municipais do Monte da Bela.
Ainda de acordo com o Relatório de Estratégia Territorial da Operação de Reabilitação Urbana da Corujeira esta antiga estação “deverá constituir uma área complementar e de reserva para o incremento da função habitacional, possibilitando a fixação de novos residentes na ARU e potenciando uma oferta diferenciadora no contexto da cidade, compatível com outros usos (comércio e serviços), promovendo novas ligações com a Praça da Corujeira, com o projeto previsto para o Antigo Matadouro Municipal, com a Avenida 25 de Abril e com a rua da Fábrica “A Invencível”.
A CMP e a STCP, cujo Conselho de Administração é, desde 2022, liderado pela antiga vereadora dos Transportes de Rui Moreira, Cristina Pimentel, já tinham o aval do Executivo camarário e da Assembleia Municipal do Porto desde 2020, mas só agora o negócio foi aprovado pelo Tribunal de Contas.
Os terrenos em São Roque da Lameira, avaliados no valor de 6,6 milhões de euros, custaram à câmara 6,3 milhões de euros. O valor de 280 mil euros foi deduzido ao montante final devido ao contrato de arrendamento, entre a CMP e a STCP, desde 2016.
Editado por Filipa Silva
