A operação resultou na apreensão de mais de trinta quilos de drogas, nomeadamente, haxixe, liamba e anfetaminas. Foram detidas 17 pessoas e apreendidos mais de 58 mil euros em dinheiro.
Foram apreendidos mais de 30 quilos de estupefacientes. Foto: Polícia de Segurança Pública (PSP)
Uma operação da Polícia de Segurança Pública (PSP) desmantelou esta segunda-feira (27) uma rede de tráfico que, segundo as autoridades, vendia estupefacientes na zona do polo universitário da Asprela. A operação do Comando Metropolitano do Porto resultou na apreensão de mais de 30 quilos de droga, armas de fogo e mais de 58 mil euros em dinheiro. Foram ainda detidos 15 homens e duas mulheres, com idades compreendidas entre os 20 e os 52 anos.
O epicentro do negócio, segundo a Polícia, seria o Bairro de São Tomé, próximo de várias faculdades, como o Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) e a Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP). De acordo com o “Jornal de Notícias” (JN), os principais clientes eram estudantes universitários.
O comissário Sousa Pereira, responsável pela investigação, disse que as investigações já duram há três anos e que foram realizadas outras buscas em outros bairros, nomeadamente nos da Agra do Amial, Carriçal e Regado, lê-se ainda no “JN”. De acordo com o comissário, os traficantes eram cuidadosos: “Com o tipo de drogas que vendiam não traziam grande instabilidade ao bairro e a prova é que não havia queixas de moradores”, disse.
No âmbito da operação, foram apreendidas mais de 64 mil doses individuais de estupefacientes, principalmente de haxixe. Eram também comercializadas outras drogas, como liamba, anfetaminas (como ecstasy), cocaína e heroína. Os agentes da PSP apreenderam também 58.214 euros em notas, juntamente com sete armas brancas, sete armas de fogo e munições, para além de outros instrumentos utilizados para a venda de estupefacientes.
Os detidos, todos residentes na cidade do Porto, foram esta terça-feira (28) ouvidos pelas autoridades judiciárias. A operação, que consistiu na realização de 60 buscas domiciliárias e seis não domiciliárias na zona de Paranhos, contou com o auxílio das equipas de Intervenção Rápida e do Destacamento da Unidade Especial de Polícia.
De acordo com o último relatório anual em matéria de droga e toxicodependências do SICAD, têm aumentado as situações de consumo de risco elevado entre os mais jovens, especialmente em idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos. O número de problemas relacionados com o consumo de droga, destacando-se a canábis, tem também vindo a crescer entre os jovens de 18 anos.
Editado por Inês Pinto Pereira
