Nestas eleições europeias, os cidadãos dos 27 estados-membro da União Europeia vão eleger 720 eurodeputados, que posteriormente se vão dividir por sete grupos políticos. Quase 360 milhões de eleitores decidem o futuro do Parlamento Europeu, entre 6 e 9 de junho.
As eleições europeias realizam-se entre 6 e 9 de junho nos 27 estados-membro da União Europeia (UE). Este ato eleitoral realiza-se de cinco em cinco anos e tem um impacto significativo na composição e funcionamento do Parlamento Europeu, que é uma das sete instituições da União Europeia. A UE tem 24 línguas oficiais.
Sete grupos políticos
No Parlamento Europeu, existem sete grupos políticos, o que reflete a diversidade de ideologias e prioridades presentes na União Europeia. Naquela que é a composição do Parlamento Europeu, o grupo The Left é o que se posiciona mais esquerda e o grupo da Identidade e Democracia é o que se posiciona mais à direita. Cada grupo é composto por eurodeputados que se juntam com base nas afinidades políticas e não na nacionalidade.
Os grupos políticos do Parlamento Europeu têm de ter, no mínimo, 23 eurodeputados e uma representação de, pelo menos, um quarto dos Estados-Membros. Alguns deputados não pertencem a qualquer grupo e são classificados como Não Inscritos.
Alemanha elege o maior número de eurodeputados
Este ano, vão ser eleitos 720 eurodeputados, mais 15 em relação aos que existiam até aqui.
O Parlamento Europeu é a única assembleia transnacional do mundo eleita por sufrágio direto. Os eurodeputados decidem sobre a formação e aprovação de novas leis que impactam diversos aspetos da vida dos cidadãos da União Europeia.
Nas eleições europeias de 2024, a Alemanha, que tem a maior população da União Europeia, elege o número máximo permitido de eurodeputados (96). França e Itália, que são os países que se seguem em termos de população, elegem 81 e 76 deputados, respetivamente, seguidos pela Espanha (61) e Polónia (53).
O número de eurodeputados eleitos por cada país da União Europeia é determinado pelo princípio da proporcionalidade degressiva, com o objetivo de assegurar que os países mais pequenos elegem mais deputados do que o volume das suas populações lhes garantiria.
Assim, Malta, Luxemburgo e Chipre, elegem o número mínimo de eurodeputados (6) previsto. Outros países pequenos, como Estónia, Letónia e Eslovénia, elegem entre sete e nove eurodeputados.
O número total de membros do Parlamento Europeu não pode exceder os 750, excluindo o Presidente.
Quase 360 milhões de eleitores
Nestas eleições, estão inscritos cerca de 360 milhões de eleitores. Alemanha, França, Itália, Espanha e Polónia lideram esta lista.
Além disso, na Alemanha, mais de 5,1 milhões de eleitores vão participar pela primeira vez neste eleitoral e, em França, o mesmo acontece com quatro milhões de eleitores. Itália e Espanha vão ter mais de dois milhões de eleitores cada a votar pela primeira vez.
Portugal tem mais de 10,9 milhões de eleitores, dos quais mais de 641 mil vão exercer o seu direito de voto neste ato eleitoral pela primeira vez.
As eleições europeias realizam-se entre 6 e 9 de junho. Nos Países Baixos, as urnas funcionam a 6 de junho. No dia seguinte, vão a votos os eleitores da Irlanda e da República Checa, sendo que os checos podem votar no dia 7 e 8. No dia 8, é a vez dos eleitores da França, que também podem ir às urnas no dia 9, Malta, Letónia e Eslováquia.
As urnas na Alemanha, Eslovénia, Itália, Suécia, Espanha, Áustria, Lituânia, Bélgica, Finlândia, Grécia, Croácia, Chipre, Hungria, Dinamarca, Roménia, Estónia, Bulgária, Polónia, Luxemburgo e Portugal funcionam no dia 9 de junho.
Roménia é o país onde os jovens mais votam
Um novo estudo do Eurobarómetro revela a intenção de voto dos jovens europeus nas próximas eleições. Mais de 60% dos jovens cidadãos da UE, entre os 15 e os 30 anos, expressaram a sua intenção de votar.
Ao analisar os dados por país, surgem diferenças marcantes. A Roménia lidera, com 78% dos jovens a dizer que planeiam exercer o seu direito de voto e apenas 9% a indicarem falta de interesse. Portugal, Bélgica, Polónia, Espanha e Itália também se destacam por apresentarem altos índices de intenção de voto, todos acima dos 65%.
Em contrapartida, em Malta, apenas 47% dos jovens manifestaram vontade de ir votar e 31% demonstraram desinteresse. No Luxemburgo e na Letónia, menos de metade dos jovens está a planear participar nas eleições.
Evolução do número de eleitores e da abstenção em Portugal nas Eleições Europeias
A análise dos dados divulgados na PORDATA sobre a participação dos eleitores portugueses nas eleições para o Parlamento Europeu revela uma tendência crescente de abstenção ao longo dos anos.
O número de eleitores que participam no ato eleitoral tem diminuído gradualmente: passou de cerca de 5,6 milhões em 1987 para 3,3 milhões em 2019. A abstenção tem, assim, aumentado significativamente, indo de aproximadamente 2 milhões de pessoas no primeiro ano em que Portugal participou numas eleições europeias, para o recorde de 7,4 milhões em 2019.