A escritora vai estar na Feira do Livro, que está a decorrer até 16 de junho, em Lisboa, e no Festival Literário FALA, em Alcanena, que arranca dia 15. No lançamento da sua mais recente obra, na Fnac do Norteshopping, a autora revelou ao JPN o seu amor por Turim e o interesse pela temática da “construção de identidade”.
Rita da Nova licenciou-se em Ciências da Comunicação, mas foi no marketing e na publicidade que encontrou espaço para explorar a sua criatividade. Sempre de mãos dadas com a comunicação, criou, em 2012, um blogue sobre livros e viagens que mantém até aos dias de hoje. Em 2019, juntamente com o humorista Guilherme Fonseca, lançou o podcast “Terapia de Casal”. Enquanto leitora ávida, estreou, em 2021, o podcast “Livra-te” com Joana da Silva, dedicado ao universo dos livros. Como escritora, Rita da Nova lançou o seu primeiro livro “As Coisas que Faltam”, em 2023, sendo também um dos membros do Clube das Mulheres Escritoras.
Na sexta-feira (31), a autora esteve em Matosinhos, no Norteshopping, para apresentar a sua obra mais recente, “Quando os Rios Se Cruzam”, que narra a história de Leonor, uma estudante universitária que vive a experiência de fazer Erasmus em Turim. O livro reflete a autodescoberta da protagonista ao mesmo tempo que transporta o leitor para as ruas da cidade italiana. “Num sítio onde nós podemos ser o que quisermos, quem é que nós escolhemos ser?”, é a premissa da obra que motivou a entrevista de Rita da Nova ao JPN.
Rita da Nova dá voz a dois podcasts: o “Terapia de Casal” com o humorista Guilherme Fonseca e o “Livra-te” com Joana da Silva. INÊS SALDANHA/JPN
JPN – “Quando os rios de cruzam”, o seu novo livro, chegou às livrarias no dia 17 de abril, mas quando nasce a ideia para esta obra?
Rita da Nova (RdN) – A ideia nasceu um bocadinho do aborrecimento de estar a escrever o primeiro livro. Aconteceu-me o mesmo no processo de escrita deste. Como são processos de escrita muito longos, a minha cabeça começa a dispersar. Começo a ter outras ideias e a pensar noutras coisas e surgiu de uma pergunta muito específica que depois foi usada para toda a divulgação do livro que é: num sítio onde nós podemos ser o que quisermos, onde podemos reinventarmo-nos, quem é que nós escolhemos ser ou quem é que nós acabamos a ser, às vezes, sem escolha. Como é que nós nos comportamos?
Os livros que publiquei até agora têm muito por base esta ideia de construção de identidade. Este é muito mais sobre isso, sobre a ideia de como é que os sítios onde tu estás influenciam também quem tu és. Se existe ou não esta simbiose entre pessoa e lugar e se o lugar pode ter a capacidade de influenciar ou não. Portanto, surgiu desta questão, que tinha pano para mangas, e decidi desenvolver. Foi primeiro a pergunta e depois a história e não a história e depois todo o questionamento, ao contrário de “As Coisas que Faltam” [o primeiro livro].
JPN – “Quando os Rios Se Cruzam” parte então da ideia de que podemos ser pessoas diferentes dependendo do contexto. No caso da Leonor, a protagonista, estas versões sempre existiram e apenas foram reveladas ou ela acabou por desenvolvê-las ao longo da história?
RdN – É uma mistura das duas coisas. A Leonor é uma menina muito aprisionada, muito controlada, e é um controlo muito mais psicológico do que físico, no sentido em que ela vive com uma mãe que não lhe diz que não às coisas, mas que também não lhe diz que sim. A Leonor tem sempre de aprender a antecipar como é que a mãe vai reagir às coisas para se comportar. Ela vive muito condicionada por isso. Quando tu vives muito condicionada, seja pelo que for, quando temos limites e, de repente, nos dão liberdade, isso é uma receita para o desastre. Também pode ser uma receita para o sucesso, mas, muitas vezes, o desejo extremo de liberdade leva-nos um bocadinho ao desastre. A Leonor já tinha muita predisposição ali dentro, simplesmente, no seu dia a dia, ela não era capaz de explorar essas facetas e, de repente, pode só experimentar. Ela tem esse condicionamento pelo contexto e não tanto por ser uma coisa que tem dentro dela e que depois vem ao de cima. Talvez seja, mas ela ainda não tinha podido desembrulhar essas coisas dentro dela. Diria que é uma mistura das duas coisas. Houve coisas que ela só descobriu em Turim e houve outras que já estavam dentro dela e que só vieram ao de cima.
JPN – O título do livro surge como inspiração do encontro entre o rio Po e o rio Dora. Considera que isto acaba por ser uma analogia para o encontro da Leonor com as diversas versões dela própria?
RdN – Sem dúvida! O título surge porque eu vejo que há vários momentos em que comparo esta autodescoberta da Leonor aos rios e à ideia de haver dois rios que se cruzam e a esta ideia de duas margens, duas ou mais facetas. Quando ela vai a Budapeste, ela percebe também que é uma cidade tripartida. Eu acho que vem da inspiração da Leonor e daí ser “quando” e não “onde”, porque “onde” leva-te para o lugar e “quando” leva-te para o contexto. E eu queria mesmo muito explorar o contexto, o que é que acontece quando as tuas diferentes versões se cruzam.
A autora vai estar na Fnac de Coimbra no próximo domingo (9). INÊS SALDANHA/JPN
JPN – Turim é praticamente uma personagem por si. Esta viagem da Leonor poderia ter sido noutra cidade qualquer ou Turim é essencial para contar esta história?
RdN – Para mim, é essencial porque foi a minha cidade de Erasmus. Replicar uma experiência de Erasmus, para mim, era essencial que não fosse replicar a minha experiência, mas que fosse passada no mesmo sítio onde eu fiz também Erasmus, Turim. E para mim era essencial que fosse Turim porque é uma cidade que eu amo de paixão, mas que muita gente não conhece. Então, também quis quase escrever esta carta de amor a uma cidade e pôr mais pessoas a saber que ela existe e a ter vontade de a conhecer, o que já está a acontecer. Já há pessoas a marcar viagens para ir a Turim e eu acho isso maravilhoso. Portanto, tinha mesmo de ser Turim, não podia ser outra cidade.
JPN – Já mencionou diversas vezes a sua admiração pelo escritor Carlos Ruiz Zafón que também retrata Barcelona quase como uma personagem nos seus livros. Sente que, de certa forma, este escritor foi uma inspiração na sua escrita?
RdN – Eu gosto muito, não de escrita de viagens, mas de livros onde as cidades têm um papel importante e relaciono-me sempre mais com livros cujo pano de fundo está desenvolvido e tu percebes que há esta construção e que o espaço tem de ser aquele. É aquele por algum motivo. Portanto, nesse sentido, sem dúvida que sim. Não pensei nisso quando estava a escrever, que Zafón poderia ser uma inspiração, mas o trabalho que ele fez com toda a tetralogia do “Cemitério dos Livros Esquecidos” é notável a descrever Barcelona, por isso, definitivamente que é uma excelente inspiração.
JPN – O livro conta-nos uma história que se passa em ambiente de Erasmus. Acredita que a idade possa ser um entrave para o leitor se conectar com a obra?
RdN – Era um receio que tinha. Tinha muito esse medo de as pessoas verem este livro como uma história juvenil, porque se passa nesta experiência de Erasmus, numa altura de grande liberdade e com saídas à noite, bebida, uma série de outras coisas que acontecem, mas eu diria que não, só porque este livro também lida com outros temas. Tem a relação mãe e filha, a questão da amizade feminina e tem uma coisa que eu acho que não se fala muito sobre o livro, mas que, para mim, está lá sempre na base, que é a ideia da culpa e de como é que tu vives com a culpa. Isso só é possível porque o livro anda entre passado e presente. E a questão da culpa é aquilo que pode ajudar a que leitores, que não sejam tão jovens, que não estejam na fase da vida da Leonor, se conectem com a história. Pode só limitar ao início, quando as pessoas percebem que é uma história de Erasmus pensarem “isto não é para mim”, mas diria que não há limite de idade.
JPN – No pré-lançamento do livro publicou conteúdos onde revelou os elementos associados à história: a amizade, o fogo, a cidade e a água. A escolha destes elementos foi premeditada ou foi surgindo à medida que escrevia o livro?
RdN – Surgiu tudo à medida que eu escrevia. O fogo e a água, sobretudo, foram uma surpresa que veio na escrita e eu gostei logo desta ideia porque é mais um contraponto, é mais uma dualidade dos dois lados da Leonor, mas também tens o fogo contra a água que são dois elementos muito fortes e que eu quis definitivamente trazer para a história. A amizade feminina também surgiu, não estava como ponto inicial e a cidade foi a única que foi premeditada porque eu queria muito que a cidade tivesse esse impacto brutal. Conto sempre com a ajuda da Mafalda Beirão e da Márcia Soares que já trabalharam comigo n’As Coisas que Faltam e também em alguns conteúdos para o “Livra-te”, o podcast, e foi giro porque elas leram e foram esses os elementos que elas destacaram, ou seja, foi isso que lhes saltou à vista e também é interessante trabalhar com alguém que já leu aquilo que tu escreveste porque vão reparar nas coisas que os leitores vão reparar, então faz sentido comunicá-las. Escolhemos, precisamente, esses quatro pontos porque achamos que refletiam muito bem aquilo que está na história.
JPN – O livro conta uma história narrada na primeira pessoa, como o primeiro. Para si a escolha foi óbvia ou pensou escrevê-la na terceira pessoa?
RdN – Não foi nada óbvia até porque eu escrevi meio livro na terceira pessoa, no presente, não havia saltos temporais e, de repente, decidi trocar tudo. Uma coisa é certa, a primeira pessoa é o meu sítio confortável, mesmo que a Ana Luís, a Leonor, as pessoas sobre quem escrevo não sejam eu, acho que é mais fácil para mim entrar na personagem se eu entrar mesmo e se eu estiver a ver o mundo com os olhos daquela personagem. Mas, num terceiro livro, vou querer explorar, agora sim, de uma vez por todas, diferentes tipos de narração. Não só a terceira pessoa, mas diferentes tipos de narração vão coexistir dentro do mesmo livro.
No terceiro livro eu quero explorar diferentes tipos de narração.
JPN – Tanto no primeiro livro como agora no segundo, exista um foco na relação mãe e filha. Porque se sente tão inspirada por esta conexão?
RdN – Porque eu própria não tenho uma relação típica com a minha mãe e falo disto abertamente. Não há uma relação mãe e filha normal, mas eu não tive a típica relação de mãe e filha. Não sou muito chegada à minha mãe, não tenho relação com ela e acho que isto é super importante de ser falado. Passei boa parte dos meus anos finais da adolescência e do início da minha vida adulta a achar que se passava alguma coisa de errado comigo, porque não conseguia ter uma relação com a minha mãe, quando isso é super normal e estas fricções são super normais e acontecem. É um tema que tem tanto para ser escrito, é tão complexo que mesmo que escreva duas ou três vezes sobre ele, vou sempre tentar vê-lo com uma lente diferente. Obviamente que eu não quero dar lições de moral com as coisas que escrevo, mas acabou a escorregar para aí, porque são temas que me interessam e acho que condicionam muito as pessoas que nós somos, assim como, condicionam as personagens que eu escrevo.
JPN – A Ana Luís, protagonista do primeiro livro, e a Leonor têm um perfil muito parecido. Enquanto escritora sente um fascínio por este tipo de personalidade?
RdN – Eu acho que elas têm o feitio parecido, mas têm uma grande diferença de base. A Leonor é super aventureira, ela está com medo, mas ela vai fazer, a Ana Luís é muito retraída, ela não consegue agir. Portanto, esta grande diferença é o que faz com que a evolução dos arcos narrativos das duas personagens seja completamente diferente. A Leonor pode errar muito e podem lhe acontecer muitas coisas boas também porque ela arrisca. A Ana Luís é uma personagem muito virada para si própria, quase como se fosse daquelas cadeiras que dobras e está ali dobradinha em si própria que só se vê a si própria e que tem muita dificuldade em olhar para o lado. Mas, sem dúvida, que eu gosto muito de personagens ou de protagonistas que não são a típica heroína, cheia de qualidades e que vai e faz e acontece porque interessam-me mulheres reais e eu acho que há muita humanidade nisto, na incerteza, no fechares-te em vez de te abrires ao mundo, no teres medo, mas fazeres na mesma, no errar… Isso fascina-me muito. Portanto, mesmo que escreva [personagens] homens, mesmo que escreva personagens que tenham idades diferentes da Ana Luís e da Leonor, não me vejo a escrever personagens heróicas.
“As Coisas que Faltam” foi o primeiro livro da autora lançado em 2023. INÊS SALDANHA/JPN
JPN – Tendo em conta que a amizade feminina é um tema central no livro, acha que as duas protagonistas poderiam ser amigas?
RdN – Acho que não. Até podiam, mas iam fazer muito mal uma à outra sendo amigas porque iam puxar pelo lado negativo uma da outra. Acho que a Ana Luís ia puxar o lado mais introspetivo da Leonor que também existe e acho que a Leonor, certamente, iria puxar o lado destrutivo da Ana Luís.
JPN – Que conselhos dariam uma à outra?
RdN – A Leonor diria à Ana Luís para fazer, para sair de casa, para viver, para ver mundo, para parar de estar fechada sobre si mesma. A Ana Luís daria uma mensagem mais de cautela à Leonor, de pensar um bocadinho mais no que está a fazer. A Ana Luís também pensa demais, mas acho que iria ser esta mensagem de precaução e de cautela.
JPN – A mulher no degrau de alguma forma representa o leitor?
RdN – Sim, sem dúvida. Para mim é a representação do leitor. Obviamente que depois, quando as pessoas leem o livro, ela poderá ser outra pessoa que nós já conhecemos de outros carnavais, mas para mim é a representação do leitor e é também de uma coisa que eu acho que é muito comum de acontecer que é a facilidade que nós temos em desabafar com pessoas que não conhecemos e mostra também que a Leonor continua, mesmo passados muitos anos, a revelar-se mais facilmente quando não a conhecem. Foi isso que ela fez em Erasmus e é isso que ela faz com aquela mulher que não a conhece de lado nenhum e que por um motivo ou outro decide contar-lhe a história. E isso é normal de acontecer, nós nos sentirmos mais à vontade a contar a nossa história a uma pessoa que não conhecemos, porque a pessoa vai à vida dela, nós vamos à nossa e nunca mais vai saber quem nós somos e não vamos ter de lidar com as expectativas e com as consequências de termos contado essas coisas. Mas, sem dúvida, que para mim também é muito o leitor porque aquela mulher faz muitas perguntas que o leitor faz e vive a história como o leitor vive. Aquele momento em que a Leonor expulsa uma certa pessoa de casa e no capítulo a seguir nós estamos no presente e a mulher diz “até que enfim”, isso é aquilo que o leitor está a sentir certamente. Então, esta mulher cumpre vários papéis, é uma personagem muito importante apesar de ter pouco destaque ao longo do livro.
JPN – Ao nível do processo de escrita revelou que passou por bloqueios criativos na escrita do livro. Que ferramentas utilizou para combater isso?
RdN – Mais do que bloqueios criativos, fui eu a tentar perceber o processo de escrita deste livro e aquilo que me ajudou foi fugir completamente daquilo que eu tinha feito com o primeiro. O primeiro foi escrito num ambiente de muita reclusão. Estava muito fechada em casa, no meu escritório, sempre virada para a parede, a entrar na Ana Luís e naquela personagem que é super introspetiva e entra naquelas espirais dramáticas, então, parece que quase foi bom estar em casa, quase que imitei um bocadinho o que era a vibe do livro e estava a fazer isso com o segundo, mas não estava a resultar. Então, assim que percebi que o processo tinha de ser diferente, ajudou-me muito escrever fora de casa, escrever noutros sítios. Não digo só Turim, onde estive três semanas a escrever, mas cafés, outras zonas da casa, porque este livro é sobre descoberta e sobre ver mundo e estar no mundo enquanto as coisas acontecem. Fez sentido também ir procurar esse método de escrita e essa estrutura.
JPN – O fim de “Quando os Rios Se Cruzam” é muito intenso e aborda temas muito pesados. Enquanto escritora, foi desafiante perceber quando e como terminar a história?
RdN – Sim, eu sabia que queria que o fim fosse dramático. Era importante para mim que fosse pela questão da culpa que a Leonor carrega durante uma década. Se é justificado ou não, depois caberá ao leitor pensar se acha que ela tem culpa ou não. Ela própria não sabe se tem e, por isso, é que é tão difícil de lidar. Portanto, para mim era importante que o fim fosse dramático por causa desta questão da culpa, ela tinha de carregar esta culpa e esta culpa tinha de vir de um sítio verdadeiro e muito horrível. Foi difícil terminar onde terminei, muitos leitores gostavam que eu falasse um bocadinho mais do que é que se passou depois, durante aqueles dez anos, mas para mim fez-me mais sentido assim. Pensei muito sobre isto, fiz alguns testes e fez-me sentido que o fim da conversa com a mulher fosse uma espécie de libertação e que a Leonor pudesse a partir dali ir à vida dela. O que é que ela escolheu fazer? Cabe a cada um interpretar. Eu gosto muito de finais abertos, eu sei que muitos leitores não gostam, mas eu queria que o final trágico estivesse lá e que um pouco das consequências desse final trágico, o mítico capítulo 33, fosse aquilo que foi e que depois houvesse uma espécie de catarse que a Leonor pudesse, finalmente, estar livre para ir à vida dela.
JPN – Logo nas primeiras páginas do livro escreveu “as histórias não são notícias”. Esses foi um dos motivos que a fez não seguir jornalismo?
RdN – Sem dúvida. Eu não ia ser uma jornalista feliz. Experimentei durante alguns meses e não fui feliz. Acredito que há espaço criativo dentro do jornalismo, mas não era o espaço criativo que eu procurava e não é uma profissão nada fácil. Admiro muito quem é jornalista e quem faz disso vida, sobretudo em Portugal, mas para mim não funcionaria. Até o tipo de profissão é muito exigente, horas muito seguidas, são mal pagos, é uma profissão que é muito importante, mas que é muito maltratada e eu não conseguiria fazer parte.
Admiro muito quem é jornalista e quem faz disso vida, sobretudo em Portugal, mas para mim não funcionaria.
JPN – Acredita que a licenciatura em Ciências da Comunicação lhe deu ferramentas úteis para o seu trabalho enquanto escritora?
RdN – Acho que sim. A licenciatura, essencialmente, ensinou-me a pensar por mim e a estruturar o pensamento, mais do que outra coisa qualquer, mais do que outras ferramentas profissionais, ensinou-me isto. Isto é super importante para o trabalho de escrita porque, há autores que funcionam de forma diferente, mas para mim a estrutura e o pensamento organizado são muito importantes antes de começar a escrever, por isso, acho que foram essas ferramentas que a licenciatura me deu, sem dúvida.
JPN – Para além de escritora, tens ainda dois podcasts o “Livra-te” com a Joana da Silva onde falas, nomeadamente, sobre livros e o “Terapia de Casal”, com o Guilherme Fonseca. O que nos podes revelar sobre os próximos projetos?
RdN – Continuar a escrever, sem dúvida. “Terapia de Casal” ao vivo brevemente, provavelmente para o ano. Ainda não está nada fechado, mas gostávamos de fazer novamente “Terapia de Casal” ao vivo e continuar a escrever, portanto, um terceiro livro que virá, certamente, a caminho e para já estou por aí.
Editado por Filipa Silva